A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) postou uma foto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na qual se declara ao marido após o indiciamento pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no país.
“Meu amor”, escreveu Michelle na foto publicada no Instagram nesta sexta-feira (22).
Indiciamento
Além de Bolsonaro, outras 36 pessoas foram indiciadas no caso. O relatório final da PF aponta o ex-presidente como “líder” grupo, que organizou um plano para mantê-lo na chefia do Executivo após ser derrotado nas urnas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para a PF, no documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (21), Bolsonaro "permeou por todos os núcleos" da organização criminosa apontada pela investigação.
A PF aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, "atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral".
Inquérito
O inquérito concluído pela PF abrange o envolvimento nos atos de 8 de janeiro, tramas golpistas durante as eleições presidenciais de 2022, bem como o plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Segundo a PF, o grupo – formado em sua maioria por militares das Forças Especiais (FE) do Exército, os chamados "kids pretos" – visava um golpe de estado para impedir a posse do governo eleito em 2022.
Os investigados teriam planejado as mortes para o dia 15 de dezembro de 2022. A PF também informou que Moraes era monitorado continuamente.
A organização previa ainda a instituição de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise" para lidar com as consequências das ações.
Conforme antecipou a CNN, a PF conclui que Bolsonaro tinha "pleno conhecimento" do plano.
Pelas redes sociais, Bolsonaro disse que Moraes “conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei".
"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República (PGR). É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", acrescentou.
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CNN Brasil