João Marco Braga da Cunha, head de gestão de portfólio da Hashdex, costuma orientar seus clientes a "não entrar tão forte" quando se quer investir em criptomoeda.
João Marco Braga da Cunha, head de gestão de portfólio da Hashdex, costuma orientar seus clientes a "não entrar tão forte" quando se quer investir em criptomoeda. "O mercado é muito volátil. Não é porque ele caiu 50%, que não possa cair mais 50%, de novo", diz.
Para ele, é preciso ter uma “visão de longo prazo”, em relação aos aportes financeiros no criptoativo.
“Bitcoin não é investimento para meses, ou um ano ou pouco mais. É um investimento para ciclo de 4 anos ou eventualmente mais", afirma Cunha, que participou com o economista Fernando Ulrich do episódio 265 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter.
"Quando se olha ciclo de quatro anos, faz pouca diferença se ele (o investidor) entrou no pico ou em baixa porque pode passar o ciclo inteiro e ter uma valorização muito grande", diz João Marco.
"Não é o momento do ciclo (do Bitcoin) que determina tanto essa rentabilidade, mas ter horizontes maiores, que é o que a gente recomenda, para quem quer investir."
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Fernando Ulrich ressalta que as criptomoedas são ativos em que já se consegue analisar dados a partir de alguns indicadores, permitindo identificar "se o mercado se excedeu demais ou está depressivo ou muito pessimista ou eufórico".
Ele não vê, por exemplo, momento ideal de entrada no ativo por conta de um certo otimismo do mercado, que levou o Bitcoin a uma valorização forte, chegando a quase US$ 100 mil. "Não entraria agora", diz.
"Acaba se dando mal com o Bitcoin ou qualquer outro criptoativo quem o trata como um bilhete de loteria, achando que pode faturar (muito) em pouco tempo."
“Quando se tem essa expectativa, (o investidor) acaba entrando no topo (de valorização), e qualquer volatilidade ou correção, se desespera e acaba realizando o prejuízo", completa Ulrich.
João Marco aponta que o Bitcoin sempre foi capaz de preservar valor no prazo de 4 anos. "A gente se vê muito no papel de educador do mercado. Esse cliente pode virar um cara traumatizado", diz.
"Ele vai pegar ranço em relação às criptos, quando na verdade o problema não está com a moeda digital, mas a forma inadequada que ele investiu, tanto no tamanho errado como no horizonte errado. A gente tenta prevenir isso", acrescenta.
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