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Coreia do Sul

Presidente da Coreia do Sul deve evitar impeachment após boicote na votação

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, deve sobreviver a uma votação de impeachment contra ele, depois que legisladores do partido governista boicotaram o parlamento neste sábado (7).


Foto: CNN Brasil

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, deve sobreviver a uma votação de impeachment contra ele, depois que legisladores do partido governista boicotaram o parlamento neste sábado (7).

Vários parlamentares deixaram a sessão antes da votação para impeachment do presidente Yoon por sua decisão de impor Lei Marcial no início desta semana. Apenas dois parlamentares do partido de Yoon continuaram na sessão.

São necessários pelo menos 200 parlamentares para que a votação seja aprovada. Do lado de fora do salão principal, os legisladores da oposição podiam ser ouvidos gritando "Entre [na câmara]!" e chamando-os de "covardes".

A votação está em andamento, mas os números contados não devem ser suficientes para que a moção seja aprovada. Menos de dois terços do parlamento permanecem agora na câmara.

Se, como esperado, a votação fracassar, a próxima data disponível para os legisladores votarem o impeachment de Yoon é quarta-feira (11).

Horas antes da votação, Yoon pediu desculpas à nação, em seus primeiros comentários públicos desde que sua tentativa frustrada de impor a Lei Marcial lançou o país no caos político e levou a pedidos de seu impeachment.

"Esta declaração emergencial da Lei Marcial resultou do meu desespero como a parte responsável final pelos assuntos de Estado", disse Yoon em um discurso de dois minutos.

"Lamento profundamente e peço sinceras desculpas aos cidadãos que devem ter ficado muito chocados", disse Yoon, reconhecendo que "causou ansiedade e inconveniência" aos cidadãos sul-coreanos.

Yoon disse que "não evitará a responsabilidade legal e política relacionada a esta declaração da lei marcial".

O furor começou na terça-feira, quando Yoon declarou a lei marcial em discurso surpresa na televisão, acusando o principal partido da oposição de simpatizar com a Coreia do Norte e de "atividades anti-estatais". Ele citou uma moção do Partido Democrata, que tem maioria no parlamento, para destituir os principais procuradores e rejeitar uma proposta de orçamento do governo.

No entanto, em apenas seis horas, o líder foi forçado a voltar atrás, depois de os legisladores entrarem no parlamento para derrubar o decreto por unanimidade.

Abordando os rumores de que a lei marcial será invocada novamente, Yoon disse que "não haverá absolutamente nenhuma segunda tentativa de emenda constitucional".

"Confiarei ao meu partido métodos para estabilizar a situação política, incluindo o resto do meu mandato… Peço desculpas aos cidadãos pelas preocupações que causei", concluiu Yoon ao descer do pódio e fazer uma reverência.

A declaração de uma emergência militar, embora de curta duração, foi recebida com choque e raiva em todo o país, que continua profundamente marcado pela brutalidade da lei marcial imposta durante décadas de ditadura militar, antes de vencer uma longa e sangrenta luta pela democracia no década de 1980.

CNN Brasil

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