BRASÍLIA, 22 de janeiro — De acordo com dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas, a área destruída pelo fogo no Brasil cresceu 79% em 2024 em relação ao ano anterior, atingindo 30.867.676 hectares (308.676,76 km²), o equivalente ao território total da Itália, 3,5 vezes o território de Portugal e quase duas vezes território do Uruguai.
Dos quase 31 milhões de hectares devastados, pouco mais de 73% corresponderam à vegetação nativa, enquanto cerca de 22% ocorreram em áreas de pastagem.
Para ilustrar a magnitude da devastação, utilizando uma comparação frequentemente citada na mídia brasileira, a área destruída no Brasil em 2024 corresponde a cerca de 44 milhões de campos de futebol.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), esta foi a primeira vez em que a área devastada na Amazônia teve a área úmida como maioria absoluta, superando as áreas de pastagem que historicamente eram as mais afetadas.
Em termos de devastação por biomas, a Amazônia liderou com 17,9 milhões de hectares incendiados em 2024, seguida pelo Cerrado, com 9,7 milhões de hectares devastados, o Pantanal com 1,9 milhão, a Mata Atlântica com 1 milhão, a Caatinga com 330 mil e, por último, o Pampa, com 3.400 hectares.
Em termos de devastação por estado, o Pará foi o mais afetado pelo fogo no ano passado, seguido por Mato Grosso e Tocantins, com 7,3 milhões, 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares queimados, respectivamente.
Em comparação com 2023, o bioma do Cerrado registrou um aumento de 91% nas queimadas.
Considerando apenas o mês de dezembro de 2024, no qual 88% dos incêndios ocorreram na Amazônia, o Brasil registrou uma área devastada equivalente ao território do Líbano.
Oficialmente, o governo atribui a alta de 2024 à seca, associada ao fenômeno "El Niño", e às mudanças climáticas.
(Matéria em atualização)
O Apolo Brasil