A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da investigação contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), no inquérito que apurava possíveis omissões de segurança que resultaram nos atos extremistas de 8 de Janeiro de 2023.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da investigação contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), no inquérito que apurava possíveis omissões de segurança que resultaram nos atos extremistas de 8 de Janeiro de 2023.
O pedido foi apresentado nesta quarta-feira (26) e será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. As informações são do G1.
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À época, o ministro afastou Ibaneis do cargo por 90 dias durante as investigações. No parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que o governador colaborou com as apurações, se apresentando voluntariamente à Polícia Federal (PF) e entregando dois celulares para análise.
A PGR afirmou que documentos encontrados em computadores de Ibaneis demonstram que ele repudiou os atos que promoveram a invasão e a destruição de prédios públicos no DF.
Além disso, o governador teria realizado 36 ligações para autoridades no dia da invasão à Praça dos Três Poderes, tentando coordenar ações para conter os ataques. Segundo Gonet, os elementos coletados não indicam omissão, interferência ou conivência de Ibaneis Rocha, o que inviabiliza a continuidade da investigação.
As apurações também não encontraram indícios de que dados foram apagados dos celulares do governador nem de tentativas de modificar planos de segurança ou impedir a repressão aos atos de vandalismo.
Em outubro de 2024, um relatório da Polícia Federal enviado ao STF apontou falhas na Secretaria de Segurança Pública do DF no enfrentamento aos ataques, especialmente pela ausência inesperada do então secretário Anderson Torres. Na época, Torres estava nos Estados Unidos e retornou ao Brasil apenas em 14 de janeiro.
No dia 1º de fevereiro, o Ministério Público Federal (MPF) de manifestou pelo arquivamento do inquérito contra Anderson Torres, alegando falta de dolo. Segundo o documento, houve falhas no serviço de inteligência, mas não há provas de que o ex-secretário tenha facilitado ou incentivado os atos extremistas.
Agora, caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se aceita o pedido da PGR e arquiva a investigação contra Ibaneis Rocha.
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