As ações da Cogna (COGN3) vêm se destacando no Ibovespa neste início de 2025, acumulando uma expressiva valorização de 47,71%, cotadas atualmente a R$ 1,61. Esse movimento ocorre após um longo período de desvalorização, que levou o papel a registrar uma queda de 68,77% em 2024, fechando o ano na mínima histórica de R$ 0,98.
Desde então, a retomada da força compradora tem sustentado a reação do ativo, que se mantém acima das médias móveis no gráfico semanal. No entanto, a forte devolução observada nesta semana levanta preocupações, principalmente se o fechamento confirmar um candle com longa sombra superior, indicando pressão vendedora.
Para entender até onde o preço das ações da Cogna pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica da Cogna
No gráfico diário, o cenário de curto prazo ainda indica uma tendência de alta, mas a forte queda da última sessão — 6,40%, levando o papel a R$ 1,61 — acende um alerta. Esse movimento trouxe um candle de grande amplitude e com fechamento abaixo das médias de curto prazo, o que pode indicar um possível início de correção mais profunda.
A partir daqui, o comportamento do ativo nos próximos pregões será decisivo. Caso a queda da véspera tenha sido apenas um movimento de realização, a ação pode encontrar suporte na média de 200 períodos e se estabilizar antes de retomar a trajetória de alta. No entanto, se o fluxo vendedor persistir e o ativo perder a região de suporte em R$ 1,51/R$ 1,47, a tendência de baixa pode se intensificar, com alvos em R$ 1,22/R$ 1,12.
Para retomar a força compradora e seguir a tendência altista, COGN3 precisará recuperar a região de R$ 1,75/R$ 1,87. Caso esse nível seja superado, o papel pode ganhar tração para buscar R$ 2,17/R$ 2,38, com resistências adicionais em R$ 2,55 e alvo mais longo em R$ 2,89.
A configuração técnica atual exige atenção. Se o ativo se sustentar acima dos suportes e superar resistências estratégicas, a tendência de recuperação poderá se manter. No entanto, a pressão vendedora da última sessão não pode ser ignorada, e um fechamento semanal negativo pode comprometer o movimento recente de alta.
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Análise de médio prazo
No gráfico semanal, COGN3 segue em uma trajetória de recuperação desde a mínima histórica em R$ 0,98, sustentando-se acima das médias móveis, que se encontram inclinadas para cima.
Entretanto, a volatilidade recente requer atenção. O ativo tentou avançar, mas devolveu boa parte dos ganhos da semana, deixando um candle com longa sombra superior, o que pode indicar aumento da pressão vendedora. Caso o fechamento semanal confirme esse padrão, poderá sinalizar dificuldades para a continuidade da alta e a possibilidade de novas correções.
Para manter o viés positivo, será fundamental que o ativo supere a resistência imediata na região de R$ 1,87/R$ 1,97. Caso esse nível seja rompido, a movimentação pode ganhar tração e levar COGN3 a buscar R$ 2,30, seguido pela média de 200 períodos em R$ 2,46, com um alvo mais longo na região de R$ 2,89/R$ 3,15.
Por outro lado, se a fraqueza atual se confirmar, o primeiro ponto de suporte relevante está na faixa das médias móveis, entre R$ 1,53/R$ 1,36. Caso esse nível seja perdido, o ativo poderá recuar para R$ 1,22/R$ 1,04, com alvo mais longo na mínima histórica de R$ 0,98.
Suportes e resistências da COGN3
Suportes:
- R$ 1,53/R$ 1,36 â Região das médias móveis no gráfico semanal, ponto crucial para manter a tendência de alta.
- R$ 1,51/R$ 1,47 â Suporte no gráfico diário, próximo à média de 200 períodos. Perda dessa faixa pode acelerar quedas.
- R$ 1,22/R$ 1,04 â Faixa de suporte mais forte antes da mínima histórica. Caso essa região seja testada, pode atrair novos compradores.
- R$ 0,98 â Mínima histórica, último suporte importante. Se perdido, pode abrir espaço para novas mínimas.
Resistências:
- R$ 1,75/R$ 1,87 â Primeira faixa de resistência. Superação desse nível pode fortalecer a tendência de alta.
- R$ 1,97 â Resistência mais próxima dentro do movimento atual. Caso rompida, pode acelerar ganhos.
- R$ 2,17/R$ 2,38 â Região de resistência intermediária no gráfico diário. Acima desse nível, o fluxo comprador pode se intensificar.
- R$ 2,30/R$ 2,46 â Região de resistência no gráfico semanal, com destaque para a média de 200 períodos em R$ 2,46. Esse patamar pode ser um ponto crítico para a continuidade da alta.
- R$ 2,89/R$ 3,15 â Alvo mais longo no médio prazo. Se rompido, pode indicar uma reversão estrutural da tendência.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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