Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Alexandre de Moraes

Após ataques a Moraes e Lula, Elon Musk é convidado a falar em comissão do Senado

Autor de uma série de ataques, por meio das redes sociais, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) foi convidado a participar de uma audiência pública na Comissão de Segurança do Senado.


Autor de uma série de ataques, por meio das redes sociais, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) foi convidado a participar de uma audiência pública na Comissão de Segurança do Senado.

O convite foi aprovado em sessão realizada na terça-feira (9). Caso aceite, Musk falará aos parlamentares por meio de videoconferência.

Em mensagens publicadas em sua conta oficial no X, Musk chamou Moraes de "ditador" e disse que o ministro do STF tinha "Lula na coleira". Segundo o empresário, o magistrado teria interferido no processo eleitoral brasileiro, em 2022, e ajudado a eleger o petista, que derrotou Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.

Moraes assumiu a presidência do TSE em agosto de 2022, a dois meses da eleição presidencial daquele ano, e está no comando da corte até agora. O ministro comandou o órgão durante o último processo eleitoral, cuja lisura sempre foi contestada por Bolsonaro e aliados – sem terem apresentado qualquer prova de fraude.

Moraes também é o relator, no STF, do inquérito que apura a disseminação de fake news nas redes sociais e supostos ataques contra a democracia. O magistrado suspendeu e excluiu diversas contas no X, medida que é criticada por Musk e classificada por aliados de Bolsonaro como "censura prévia". Horas depois das mensagens de Musk, Moraes incluiu o dono do X no inquérito das milícias digitais.

O dono do X também afirmou que Moraes teria feito várias exigências à plataforma que violariam a legislação brasileira – o bilionário prometeu tornar públicos esses documentos, o que não ocorreu até agora. Musk disse, ainda, que talvez tenha de fechar o escritório do X no Brasil e afirmou que funcionários da empresa teriam sido ameaçados de prisão.

O nome de Musk foi incluído pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), da base do governo Lula, em um requerimento apresentado por parlamentares da oposição. Também foram convidados representantes de YouTube, Twitch, Instagram e Facebook.

Também foi convidado para a audiência na comissão do Senado o jornalista Michael Shellenberger, que divulgou supostos e-mails de funcionários do X nos quais há detalhes sobre as decisões de Alexandre de Moraes.

Na segunda-feira, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota em apoio ao seu colega de tribunal. No comunicado, o magistrado não cita o nome de Musk nem menciona o X, mas afirma que todas as empresas que atuam no Brasil estão sujeitas às leis nacionais.

Leia também

Ataques de Musk esquentam debate: o que diz o projeto sobre regulação das redes?

Debate não é novo no Congresso Nacional, mas voltou a ganhar força após polêmicas envolvendo bilionário dono da rede social X (ex-Twitter)

Relembre o caso

A polêmica envolvendo Elon Musk e Alexandre de Moraes começou no sábado (6), quando Musk publicou na plataforma mensagens com uma série de críticas ao magistrado e até ameaçou fechar o escritório do X no Brasil.

"Em breve, o X publicará tudo o que é exigido por Alexandre de Moraes e como essas solicitações violam a legislação brasileira. Esse juiz traiu descarada e repetidamente a Constituição e o povo do Brasil. Ele deveria renunciar ou sofrer impeachment. Vergonha, Alexandre, vergonha", escreveu Musk em sua conta oficial.

Antes deste ataque, o bilionário já havia escrito que suspenderia as restrições impostas pela Justiça brasileira a diversos perfis na rede. Ele também acusou Moraes de censurar a plataforma e afirmou que o STF praticava "censura agressiva" no país, o que parecia "violar a lei e a vontade do povo do Brasil".

Além disso, em uma mensagem institucional, o X afirmou que "foi forçado por decisões judiciais a bloquear determinadas contas populares no Brasil". "Informamos a essas contas que tomamos tais medidas", disse a companhia.

"Não sabemos os motivos pelos quais essas ordens de bloqueio foram emitidas. Não sabemos quais postagens supostamente violaram a lei. Estamos proibidos de informar qual tribunal ou juiz emitiu a ordem, ou em qual contexto. Estamos proibidos de informar quais contas foram afetadas. Somos ameaçados com multas diárias se não cumprirmos a ordem", prosseguiu.

Embora não tenha mencionado explicitamente quais seriam essas restrições, o próprio Musk repostou a publicação do X e provocou Moraes: "Por que você está fazendo isso Alexandre?", indagou o empresário, marcando a conta oficial do ministro do STF.

Cerca de 30 minutos depois de mencionar Moraes, Musk respondeu a uma interação em seu próprio perfil no X e escreveu que "este juiz [Moraes] aplicou altas multas, ameaçou prender nossos funcionários e bloquear o acesso ao X no Brasil".

"Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro", disse.

Leia também

Sem citar Musk, Lula critica "bilionário fazendo foguete": "Tem de viver aqui"

Um dia depois de ser atacado por Elon Musk, Lula não cita o nome do dono do X (antigo Twitter) e da SpaceX, mas afirma que “tem até bilionário tentando fazer foguete, viagem, para ver se encontra lugar lá fora”

SIte da InfoMoney

Política Alexandre De Moraes Congresso Nacional Elon Musk Redes Sociais Senado Tecnologia Twitter

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!