Sophie, Duquesa de Edimburgo do Reino Unido, visitou a Ucrânia, encontrando-se com o presidente Volodymyr Zelensky e sua esposa na primeira viagem ao país por uma integrante da realeza britânica desde que o conflito com a Rússia começou, disse o Palácio de Buckingham nesta segunda-feira (29).
Sophie, 59 anos, esposa do irmão mais novo do rei Charles, o príncipe Edward, fez a visita surpresa em nome do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido para mostrar solidariedade com aqueles afetados pela guerra e como parte de seu trabalho para defender sobreviventes de violência sexual relacionada ao conflito, o palácio disse em um comunicado.
“É verdade que as mulheres e meninas pagam o preço mais alto em termos de custo humano quando se trata da maneira como são afetadas, a maneira como podem ser usadas como armas de guerra”, disse ela em um discurso durante a visita.
“O estupro é usado para humilhar, degradar e destruir, e temos que melhorar na tentativa de evitar que isso aconteça”, acrescentou.
O Ministério das Relações Exteriores disse que Sophie prestou homenagem àqueles que perderam suas vidas em Bucha, uma cidade perto de Kiev, onde as forças russas são acusadas de cometer crimes de guerra, incluindo execuções e estupros, antes de ser recapturada há dois anos.
Ela se reuniu com sobreviventes de violência sexual relacionada a conflitos e sobreviventes de tortura, disse o ministério, e crianças que haviam sido devolvidas à Ucrânia depois de serem separadas de suas famílias e levadas para a Rússia.
Ela também conheceu mulheres voluntárias que ajudaram suas comunidades a lidar com as consequências dos ataques com atividades de saúde mental para crianças.
O Reino Unido tem sido um dos apoiadores mais ativos e vocais da Ucrânia desde que a Rússia iniciou a guerra e prometeu mais de 4,7 bilhões de libras (5,91 bilhões de dólares) em apoio não militar.
A viagem de Sophie à Ucrânia acontece após visitas a países como Kosovo, Serra Leoa, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e Colômbia para ouvir em primeira mão testemunhos de vítimas de violência sexual relacionada a conflitos.
“Eu conheci tantos ucranianos maravilhosos no Reino Unido, que encontraram um lar lá”, disse ela, antes de acrescentar, “seus corações permanecem aqui.”
“Eles gostariam de voltar para casa um dia, e espero que isso aconteça”, disse ela.
CNN Brasil