Economia Consumo

Em meio a disparada da inflação, Ikea reduz preços pela 3ª vez em 1 ano

A Ikea é um dos estabelecimentos de varejo mais famosos do mundo, conhecido por suas lojas labirínticas e sua grande variedade de artigos de decoração.

Por Em Sergipe

03/05/2024 às 06:35:23 - Atualizado há


A Ikea é um dos estabelecimentos de varejo mais famosos do mundo, conhecido por suas lojas labirínticas e sua grande variedade de artigos de decoração.

Ano passado, enquanto as pessoas enfrentavam o disparo da inflação e as altas taxas de juros, a gigante sueca se comprometeu a reduzir os preços para que os produtos da Ikea continuassem ao alcance dos consumidores, mesmo daqueles com menos folga no bolso.

Agora, a partir de 1º de maio, a Ikea planeja lançar outra rodada de cortes de preços com o objetivo de aliviar a dor de seus clientes.

O motivo pelo qual a empresa de móveis e decoração para o lar está reforçando essa estratégia, em vez de implementar os mesmos aumentos de preços que têm sido praticados em todos os outros setores, é simples: atender ao consumidor que está sofrendo restrições em seu orçamento.

"Nosso fundador era obcecado por dar apoio a pessoas com bolsos de todos os tamanhos", comentou Tolga Öncü, chefe de varejo da Ikea, em entrevista exclusiva à Fortune na terça-feira. Com a inflação acumulada se aproximando dos 30%, disse, esta é uma oportunidade para ajudar os consumidores, "não como promoção, mas como promessa", acrescentou.

As reduções de preços serão feitas paulatinamente, com o Canadá, a França e a Coreia do Sul entre aqueles que verão preços mais baixos em centenas de produtos já a partir de quarta-feira.

Por exemplo, na França, onde a Ikea turbinou sua expansão, mais 150 produtos foram acrescentados à lista dos outros 1.550 artigos que já estavam com descontos. No geral, o custo dos cortes de preços na França chegará a € 200 milhões (US$ 215 milhões) no atual ano fiscal. Já no Canadá, a Ikea investiu € 80 milhões (US$ 86 milhões) na redução dos preços de 1,5 mil produtos este ano.

O grupo ainda não tem uma estimativa global sobre quanto custarão os cortes de preços para seu negócio, embora o Grupo Ingka, a controladora da Ikea, que detém 90% das suas lojas em nível mundial, tenha reservado US$ 1,1 bilhão para absorver esse custo no início de seu ano fiscal, em setembro de 2023.

A razão pela qual a Ikea consegue promover cortes de preços em meio à inflação é porque ela é administrada de forma privada. Como a empresa não responde perante muitos investidores, tem mais flexibilidade para dar início a diversos cortes de preços à custa de menor rentabilidade.

Isso permite à Ikea operar "contra o fluxo" e analisar novas rodadas de reduções de preços, explicou Öncü.

"Historicamente, sempre baixamos os preços. Espero que no próximo ano e nos outros possamos continuar encontrando formas de reduzir nossos custos operacionais, e não necessariamente focarmos no aumento de nosso próprio lucro a cada ano", ponderou.

O fato de os consumidores terem recebido a medida bem, uma vez que a Ikea ganha volume que poderia perder em margens de preço, ajuda. O chefe de varejo da Ikea viu um forte aumento na frequência das lojas e na venda de produtos com preços reduzidos.

"Superou nossas expectativas", disse Öncü.

A Ikea espera que remar contra a maré acabe por torná-la líder do mercado de móveis e decoração para o lar, não só na Europa, mas no mundo todo.

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