“Um sentimento muito curioso”: é assim que o cineasta brasileiro Flávio Ermírio reflete a chegada de seu primeiro longa-metragem ao mercado do Festival de Cannes, o Marché du Film – onde será exibido neste domingo (19/5).
“Um sentimento muito curioso”: é assim que o cineasta brasileiro Flávio Ermírio reflete a chegada de seu primeiro longa-metragem ao mercado do Festival de Cannes, o Marché du Film – onde será exibido neste domingo (19/5). Na sessão oficial Blood Window, que apresenta filmes latinos de terror, suspense e fantasia, o realizador colocará na tela do tradicional evento o longa A Casa da Árvore.
O evento, que faz parte da programação do Festival de Cannes, tem como foco o fomento da indústria cinematográfica e, em 2024, será composto de 250 eventos, com a participação de 15 mil pessoas.
“Essa é minha primeira vez em Cannes e estou completamente maravilhado e assustado ao mesmo tempo. Estou indo com o espírito de aprender o máximo que eu puder e entender que a primeira vez serve, principalmente, para isso”, conta Ermírio, em entrevista ao Metrópoles. A Casa da Árvore tem como protagonistas Pedro Bosnich e Cristiane Wersom. Completam o elenco Leonardo Miggiorin, Rosi Campos, Aninha Kraut e Rodrigo Scarpelli
O filme acompanha a história da bióloga Dora, que conduz uma pesquisa eticamente questionável. Ela contrata um caseiro para ajudá-la, mas descobre que o homem também esconde alguns segredos. Na trama, a cientista, então, é levada ao limite para revelar tudo que esconde.
A história foi desenvolvida durante a pandemia, no começo de 2021. “Um grande amigo ator e produtor, Pedro Bosnich, me fez uma provocação: ‘E se ao invés de ficarmos trancados cada um em sua casa, nós juntássemos um grupo de amigos da área para ficarmos trancados juntos, fazendo um filme?’. O que originou tudo foi realmente uma vontade de praticar cinema em um momento tão desafiador”, contou Ermírio.
Mas esse não é o único trabalho que o realizador levou para Cannes em 2024. Outra produção é o documentário Lições de Marie, que conta a história de um haitiano que fez faculdade no Brasil e decide voltar ao país de origem para reconstruir a comunidade dele com uma tecnologia resistente a terremotos.
“É uma daquelas histórias extraordinárias e inspiradoras que precisam ser compartilhadas com o mundo”, garante o diretor.
O brasileiro destaca ainda a importância de levar trabalhos para o evento. “Em meio a tantas ofertas de filmes, ter sido selecionado para o mercado, ter passado por uma curadoria, coloca a obra em uma certa vantagem em relação aos demais projetos que estão tentando achar o seu lugar nesse ambiente tão competitivo da distribuição. Traz uma visibilidade enorme para o filme e também uma chancela.”
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