Em meio a incertezas e muita desconfiança de setores do mercado em relação à responsabilidade fiscal do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a empresários, nesta quarta-feira (12), que está "arrumando a casa" e "colocando as contas públicas em ordem".
Em meio a incertezas e muita desconfiança de setores do mercado em relação à responsabilidade fiscal do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a empresários, nesta quarta-feira (12), que está "arrumando a casa" e "colocando as contas públicas em ordem".
Ao discursar na abertura do Fórum de Investimentos Prioridade 2024, promovido pelo Instituto da Iniciativa de Investimentos Futuros (FII Institute), no Rio de Janeiro (RJ), Lula garantiu aos empresários que o país é seguro e oferece credibilidade aos investidores.
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"O Brasil tem a coisa mais importante para um investidor: a estabilidade. Isso o Brasil tem de sobra para oferecer", afirmou Lula.
"Soubemos navegar pela crise de 2008 e, superado o impacto da pandemia, reencontramos o caminho do crescimento. Contrariando as expectativas pessimistas, nosso PIB cresceu 2,5% nos últimos 12 meses. Caminhamos para ser a oitava maior economia do mundo neste ano. Até o final do mandato, podemos voltar a ser a sexta economia mundial, como fomos em 2011", discursou o presidente.
Lula disse, ainda, que o governo vem aperfeiçoando "marcos legais" e garantindo "estabilidade jurídica, da mesma forma que garantimos estabilidade social, econômica e fiscal".
"Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público", disse Lula, numa tentativa de tranquilizar o mercado em meio a preocupações generalizadas relacionadas ao possível descontrole fiscal.
Segundo Lula, "a reforma tributária vai tornar nosso regime mais justo e eficiente, deixando de penalizar os mais pobres e dando mais competitividade à economia".
Em seu pronunciamento, Lula não citou expressamente os ataques às sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), mas afirmou que as "instituições sobreviveram à tentativa de desmonte do Estado brasileiro, e a democracia prevaleceu sobre o ataque de forças extremistas".
O petista reiterou o compromisso do governo em "recolocar o pobre no Orçamento". "O tema deste fórum é investir na dignidade, e esta é a nossa prioridade. Os empresários só prosperam se os trabalhadores puderem consumir o que produzem. De nada adianta construir ilhas de prosperidade cercadas de miséria", afirmou.
"Muito dinheiro na mão de poucos significa fome, doença, analfabetismo e criminalidade. Mas, se muitos, pelo menos, têm um pouco, a sociedade pode melhorar de vida", completou Lula.
Já na parte final de sua participação, quando abandonou o discurso lido e falou de improviso, Lula disse que "o Brasil está procurando se tornar não mais um país emergente ou em desenvolvimento".
"Estamos determinados a nos tornarmos um país grande. E, para que a gente seja um país grande, temos de pensar grande. Não podemos pensar pequeno. Precisamos definir claramente quais são as prioridades que este país pode oferecer ao investidor estrangeiro", concluiu.
O evento com empresários e investidores no Rio foi o último de Lula, no Brasil, antes de embarcar para Genebra, na Suíça, ainda nesta quarta-feira.
O presidente participará, na quinta-feira (13), de uma conferência promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O embarque de Lula está previsto para as 15 horas, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio.
Antes de retornar ao Brasil, Lula anda fará uma parada em Roma (Itália), onde participa de uma reunião de cúpula do G7, na sexta-feira (14).
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