PEQUIM (Reuters) – Os preços futuros do minério de ferro ampliaram as perdas nesta quinta-feira, devido às preocupações persistentes sobre a demanda na China, principal mercado consumidor do produto, apesar da mais recente promessa de Pequim de um plano para atualização de equipamentos, que limitou a queda no início da sessão.
Problemas com o setor imobiliário chinês vieram à luz em 2022, mas crise teve fatores estruturais e conjunturais; temor atual é que grupos como Country Garden e Vanke se juntem à Evergrande, hoje em liquidação
Embora grandes mineradoras globais como BHP e Rio Tinto tenham custos muito baixos, algumas produções de margem mais baixa – na China ou na Índia, por exemplo – sentirão a pressão se os preços caírem ainda mais
Agentes do mercado estão monitorando de perto os possíveis sinais de uma reviravolta, de olho na mudança da produção de metais quentes, disseram os analistas.
“A produção de metais quentes ainda está em um nível baixo, suprimida pelas baixas margens do aço e pelas expectativas pessimistas”, disseram os analistas da Huatai Futures em uma nota.
No entanto, o ritmo de queda dos preços diminuiu, em parte devido à mais recente medida da China para sustentar sua economia. Na quarta-feira, o gabinete da China divulgou detalhes de um plano para promover modernização de equipamentos em larga escala e vendas de bens de consumo.
“Sem dúvida, isso é bom para o mercado, pois poderia compensar alguma redução da demanda da área de construção, mas ainda depende da implementação efetiva da política para ver o impacto real”, disse Kevin Bai, analista da consultoria CRU Group, com sede em Pequim.
Outros ingredientes de fabricação de aço na bolsa de Dalian registraram perdas adicionais, com o carvão metalúrgico e o coque caindo 3,67% e 1,77%, respectivamente.
“O aço para construção é o maior obstáculo para todo o mercado de ferrosos”, acrescentaram os analistas da Huatai.
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