O plenário do Senado aprovou nesta semana (19) indicações para a chefia de representações diplomáticas do Brasil em diversos países.
O plenário do Senado aprovou nesta semana (19) indicações para a chefia de representações diplomáticas do Brasil em diversos países. Entre eles, o da Dinamarca e a Lituânia.
Os dois países europeus não fazem fronteira, mas são geograficamente próximos e compartilham interesses políticos e econômicos.
O embaixador será o diplomata Leonardo Luís Gorgulho Nogueira Fernandes, quem ficará responsável pela relação dos dois países com o Brasil.
Fernandes tem 52 anos e é secretário de Comunidades Brasileiras e Assuntos Consulares e Jurídicos. A indicação dele partiu da Presidência da República e recebeu parecer favorável do senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Fernandes foi aprovado com 41 votos dos senadores.
O embaixador residirá em Copenhague, na Dinamarca, mas vai representar os interesses brasileiros nos dois países.
A possibilidade é determinada pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961) e é conhecida como cumulatividade.
A rede diplomático-consular brasileira é uma das maiores do mundo. Mesmo assim, não há um embaixador diferente em cada país.
Locais que não têm embaixador residente também podem passar a ter, como no caso de São Vicente e Granadinas, país da América Central, que antes contava com a embaixada do Brasil em Bridgetown (Barbados), mas recentemente passou a ter embaixada própria.
O Ministério das Relações Exteriores adverte que, quem for viajar a algum país sem embaixador residente, deve ficar atento, pois a assistência do governo brasileiro nesses locais pode ficar prejudicada por causa das distâncias envolvidas – especialmente no caso de emergências.
Apesar de não ter um embaixador brasileiro residente, a Lituânia possui um histórico de relações diplomáticas com o Brasil que data do início do século XIX.
O contato chegou a ser interrompido, por causa da ocupação das tropas russas.
Em 1991, quando o governo brasileiro reconheceu a independência lituana da União Soviética, as ligações foram restabelecidas.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, aproximadamente 70 brasileiros vivem no país báltico.
Já a comunidade de origem lituana no Brasil é estimada em mais de um milhão de pessoas, vivendo principalmente em São Paulo e no Sul do país.
Algumas famílias conhecidas, como os Klabin, Lafer e Segall, têm ascendência lituana.
Em 2023, o comércio entre Brasil e Lituânia totalizou US$ 159,8 milhões, com saldo desfavorável para o Brasil de US$ 52,6 milhões.
Os principais produtos exportados para o país europeu foram açúcares, melaços, tabaco e café não torrado. Já o Brasil importou principalmente óleos combustíveis, adubos, fertilizantes químicos e equipamentos para distribuição de energia elétrica.
A partir de 2025, será obrigatório o ETIAS para brasileiros que queiram visitar a Lituânia.
O ETIAS é um sistema eletrônico de autorização de viagens que está sendo implantado por toda a União Europeia. A ideia é ter mais controle migratório, reforçar a segurança e agilizar os processos nas fronteiras.
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