Um brigadista do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul chamou atenção nas redes ao “virar” homem de ferro para alegrar crianças no Instituto do Câncer Infantil de Porto Alegre (RS).
Um brigadista do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul chamou atenção nas redes ao “virar” homem de ferro para alegrar crianças no Instituto do Câncer Infantil de Porto Alegre (RS).
Em conversa com a CNN, Thales Coan contou sobre como começou a atuar como voluntário em hospitais de Porto Alegre e região, e sobre de onde veio a ideia de se vestir como o personagem Homem de Ferro.
Segundo ele, desde criança tinha jeito de “desmontar e consertar coisas”, e de “inventar outras”.
Coan ainda falou que teve um mentor que vinha da igreja onde frequente.
“Meu discipulador e padrinho de casamento, Elenor “Noi”, estava iniciando um ministério de Palhaço Humanitário Cristão, em ambiente hospitalar. Eu gostaria de fazer parte, mas não levo muito jeito para palhaço”, relembrou.
Sobre a ideia de construir a armadura, ele contou que a ideia surgiu após assistir ao filme e ver que o cosplay (um passatempo onde os fãs de personagens se caracterizam como tal) feitos para aniversários infantis eram feitos em fibra.
“Eu senti que poderia usar isso para participar das visitas em hospitais, então entrei em contato com o Noi e perguntei se, caso eu construísse uma armadura, eu poderia participar”, conta.
Após o sim, o então futuro homem de ferro começou a juntar metais da rua.
Segundo ele, “muitos tipos de sucata diferentes foram usadas na construção do primeiro traje”, além de pesar cerca de 48kg e causar alguns ferimentos.
A partir do protótipo, o brigadista pediu ajuda com a iluminação com outro irmão e amigo, Edgard.
“Ele me deu o norte para melhorar o traje. Após a primeira visita, entendi que era um dom da parte de Jesus, aceitei meu chamado, e já comecei a projetar a próxima armadura”, relembra.
Após alguns anos, o mentor de Thales, “Noi”, e o irmão Edgard faleceram, mas, segundo ele, ficou a “ideia para continuar com esse trabalho, levando alegria, diversão”.
Hoje, ele já está na 3ª versão da armadura, que é feita de liga de alumínio e zinco, é automatizada, além de ser leve e “relativamente fácil” de equipar, e que conta com um sistema de som e um software “melhor que qualquer inteligência artificial”, brinca.
Coan já tem, inclusive, um projeto para a 4ª armadura, que deve levar de 1 a 2 anos para ser finalizada.
Além do trabalho em hospitais infantis, ele conta que é chamado algumas vezes para outras visitas como ações sociais, evangelismo de rua e que sempre vai acompanhado de sua equipe.
“Alguns vão como palhaços, outros como super-heróis. No fim, nós fazemos o que fomos chamados para fazer: amamos ao próximo”, finaliza.
Sobre a reação das crianças, Coan diz que fala da reação das crianças, que o “recebem como um super-herói, pedem para mexer no traje, acender luzes, sons, e abrir máscara”, e também da reação dos adultos, que sempre têm curiosidades sobre como funcionamento do traje e do que é feito.
“É uma forma de quebrar o gelo e aliviar o momento estressante que eles têm vivido, pois alguns já estão há muitos anos em tratamento e, por vezes, a jornada fica difícil”.
*Sob supervisão de André Rigue
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