Os fundos de papel voltaram para os holofotes dos fundos imobiliários (FIIs) em 2024, após perderem o brilho no ano anterior.
Os fundos de papel voltaram para os holofotes dos fundos imobiliários (FIIs) em 2024, após perderem o brilho no ano anterior. No primeiro semestre deste ano, os fundos que investem em títulos de dívida imobiliária tiveram a melhor performance do setor, com alta de 2,4%, superando o índice de referência na B3, o Ifix, que subiu 1,1%.
Perspectivas de uma inflação mais resiliente e projeções de juros altos por mais tempo engordaram os caixas dos FIIs de papel e beneficiaram os dividendos pagos aos cotistas, "resultando em um aumento de atratividade para o setor", diz Larissa Nappo, analista de fundos imobiliários do Itaú BBA.
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Segundo a analista, o mercado de FIIs é muito voltado para renda, logo, "alterações nos patamares de distribuição realmente influenciam as cotações a mercado".
Os rendimentos mensais dos fundos de papel são provenientes do pagamento de juros e correção monetária referente a cada um dos ativos financeiros investidos pelo fundo. Em sua maioria, esses ativos são Certificados de Recebíveis imobiliários (CRIs) indexados a juros (CDI) ou inflação (IPCA).
Os FIIs de papel acompanhados pelo BBA registram um dividend yield anualizado médio de 12% e o retorno médio em 12 meses foi de 9%. O BBA projeta que esses indicadores continuarão altos, visto que, os analistas esperam que a taxa de juros se mantenha estável em 10,5% até o fim de 2025, enquanto a inflação estimada é de 4,0% em 2024 e em 2025.
"Avaliamos que fundos indexados à inflação são ótimas opções para composição de um portfólio robusto e diversificado, assim como os que são indexados ao CDI, que devem continuar distribuindo proventos altos", escreve Nappo em relatório.
Em julho, os fundos de papel tinham o maior volume médio semanal de negociações no Ifix, com média de R$ 492,85 milhões.
A analista do BBA recomenda oito fundos de papel para compra, dentre opções listadas no Ifix. Segundo o relatório, a recomendação foi fundamentada por análises, contexto de mercado, qualidade de portfólio, histórico e experiência do time de gestão.
"Seguimos preferindo fundos com portfólios de qualidade, com gestão experiente e garantias robustas, características muito bem-vindas em qualquer cenário econômico", diz o relatório.
Os FIIs de papel recomendados são:
Veja principais indicadores na tabela:
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