Há mais de 20 anos trabalhando como ator no cinema independente e com passagens por novelas da Globo como A Lei do Amor, o brasiliense João Campos resolveu explorar a direção. Agora, seu segundo curta, Via Sacra, foi selecionado para o Festival de Cinema de Gramado, um dos eventos mais aclamados do segmento no Brasil.
O projeto acompanha a história de Gleide, uma mulher negra que assiste a notícias sobre cenas de violência policial contra pessoas negras quando é chamada para ajudar em uma emergência.
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“É um projeto que marca esse novo caminho. O Via Sacra é um trabalho muito, muito, muito especial. A gente contou com uma equipe incrível”, avalia João em entrevista ao Metrópoles. Ele ainda aproveita para celebrar o espaço em Gramado, evento tradicional e simbólico para o cinema nacional.
“O Festival de Gramado é um espaço que a gente sabe que é muito cobiçado pelos realizadores. Muito disputado e especial para o nosso cinema e para nós. A gente faz cinema, faz arte, para ser compartilhado. Então a gente sabe que entrar em Gramado é a possibilidade dessa história chegar às pessoas, de mostrar o trabalho de outras pessoas, da equipe, e a oportunidade de levar o cinema do Distrito Federal para um dos principais festivais de cinema do país.”
Mesmo com a conquista, o cineasta ainda destaca os desafios de fazer cinema no Brasil. De acordo com João, a falta de fomento ainda é o principal deles. Ele ressalta que o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) ainda não lançou editais voltados para o cinema esse ano e também que é necessário descentralizar os recursos.
Metrópoles