Geral Febre oropouche

O que se sabe sobre a febre Oropouche no Brasil até agora

O Brasil enfrenta um surto de Oropouche, com mais de 7 mil casos confirmados este ano, incluindo três mortes – as primeiras no mundo.

Por Em Sergipe

03/08/2024 às 14:24:40 - Atualizado há
Foto: BBC

O Brasil enfrenta um surto de Oropouche, com mais de 7 mil casos confirmados este ano, incluindo três mortes – as primeiras no mundo.

Entre as ocorrências fatais, o Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (2) que está o primeiro óbito fetal em decorrência da doença.

O que é a enfermidade?

A febre Oropouche é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus transmitidos por mosquitos.

Além dos seres humanos, animais silvestres como macacos e aves também podem ser infectados.

Como acontece a transmissão?

O contágio aos humanos ocorre principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

Quais são os sintomas?

De acordo com o Ministério da Saúde, as manifestações da doença são parecidas com as da dengue e da chikungunya, como febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor nas articulações.

Outros sintomas, como tontura, dor atrás do olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.

Como é feito o tratamento?

Não existe tratamento específico, apenas dos sintomas, como o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.

Os pacientes devem permanecer em repouso e receber acompanhamento médico.

Quando o vírus foi detectado no Brasil?

O microorganismo foi isolado pela primeira vez no país na década de 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Quantos casos já foram registrados no país?

Apenas em 2024, foram contabilizados mais de 7,2 mil casos da enfermidade, em 21 estados do território nacional.

A maior parte deles ocorreu no Amazonas e em Rondônia.

A doença pode matar?

Até este ano, não havia registro na literatura médica de mortes pela doença.

O Brasil, porém, confirmou dois óbitos em decorrência do vírus na última semana. Foram as primeiras mortes por Oropouche no mundo.

Um terceiro caso permanece em investigação em Santa Catarina.

Quem eram as vítimas?

As vítimas eram mulheres sem comorbidades (outras doenças preexistentes que podem agravar o quadro) com menos de 30 anos, e que residiam no interior da Bahia.

O vírus causador sofreu modificações ao longo do tempo?

Segundo estudo liderado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o surto mais recente da doença pode estar associado a uma nova linhagem do vírus.

O artigo aponta que o aumento de casos coincide com o surgimento desse novo grupo viral, provavelmente originado no Amazonas entre 2010 e 2014, e que se espalhou silenciosamente na segunda metade da década de 2010.

Como o surto tomou as atuais proporções?

A mesma pesquisa sugere ainda que a disseminação do vírus foi impulsionada por movimentos de curta distância de mosquitos infectados (menos de 2 km), mas que houve uma proporção significativa de migrações de longa distância (mais de 10 km), o que indica que atividades humanas contribuíram para a dispersão.

A doença pode ser transmitida da mãe para o bebê?

Sim. O Ministério da Saúde confirmou o primeiro óbito fetal por febre Oropouche na última sexta-feira (2).

O caso foi registrado em uma grávida de Pernambuco, de 28 anos, que estava na 30ª semana de gestação.

Como a causa da morte foi verificada?

A confirmação considerou resultados positivos em exames que identificam agentes infecciosos, após serem descartadas outras hipóteses de diagnóstico.

Existem outros casos suspeitos de transmissão vertical (da gestante para o feto)?

Sim, outros oito casos estão sendo apurados pelas secretarias estaduais de saúde.

São quatro em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre.

Entre eles, quatro evoluíram para óbito fetal, enquanto nos demais houve a presença de anomalias congênitas, como a microcefalia.

Quais são as recomendações para a população?

Segundo o Ministério da Saúde, é preciso evitar o contato com áreas de ocorrência ou minimizar a exposição a picadas. Os cuidados incluem:

  • usar roupas que cubram a maior parte do corpo;
  • aplicar repelente nas áreas expostas da pele;
  • limpeza de terrenos e de locais de criação de animais;
  • recolhimento de folhas e frutos que caem no solo;
  • uso de telas de malha fina em portas e janelas.

Fonte: CNN Brasil
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