São Paulo – O cantor Gilberto Gil anunciou nesta terça-feira (6/8) a data de início de sua última turnê, Gil Tempo Rei, que passará pelo Brasil, Estados Unidos e Europa.
São Paulo – O cantor Gilberto Gil anunciou nesta terça-feira (6/8) a data de início de sua última turnê, Gil Tempo Rei, que passará pelo Brasil, Estados Unidos e Europa.
4 imagensJessica Bernardo/MetrópolesJessica Bernardo/MetrópolesJessica Bernardo/MetrópolesJessica Bernardo/MetrópolesO primeiro show será em Salvador, capital baiana onde “tudo começou”, como o próprio Gil afirmou em coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo.
O artista disse que a ideia de encerrar sua trajetória pelos palcos não é nova.
“Há algum tempo eu venho pensando em, digamos assim, desocupar meu tempo”, disse ele, que lembrou dos percalços das turnês.
Aos risos, Gil contou de quando precisou ajudar a desembarcar um piano de um trem na Europa. O veículo ficaria apenas dois minutos parado na plataforma e o cantor baiano, já com décadas de carreira, se juntou aos outros membros de sua equipe para retirar todos os equipamentos a tempo.
“Eu tenho a impressão de que o maquinista do trem foi parceiro, segurou mais uns dois ou três minutos a mais”, brincou o artista.
A lembrança faz parte da coleção de memórias que Gil reuniu levando sua música mundo afora.
“Às vezes são memórias pouco relacionadas com o lado charmoso da coisa musical, da coisa cultural. Ali mesmo, [fui] um carregador de piano”.
Outras lembranças são da vivência com a plateia e fãs.
A despedida, diz ele, deixará saudades. “Vou sentir saudade do microfone. Porque é o elemento que caracteriza propriamente estarmos no palco”, disse Gil, que arrancou risos dos jornalistas na sequência ao imitar os sons de quando o equipamento é plugado aos amplificadores, os episódios de microfonia e os gritos do público
Um dos maiores nomes da música brasileira, Gil tem uma boa relação com o tempo, “esse Deus estranho, extraordinário”, como ele explica.
Vez ou outra, no entanto, o tempo rei lhe prega umas peças. “Por exemplo, não saber acender o fogão lá em casa. É uma complicação”, diz ele.
Questionado sobre como imagina que será sua relação com o público na despedida, o artista soltou um belo “eu sei lá!” e disse esperar que siga o padrão histórico de sempre.
O cantor chega a turnê com a tranquilidade de quem não ter pressa para viver as próximas etapas que o tempo o reserva. E com o cuidado de quem se preocupa até o fim com o show que apresenta.
“Sempre tem um pouco de nervosismo na hora de entrar”. Mas no fim, lembra ele, “sempre começa e termina bem”.
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