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Magazine Luiza: após Casas Bahia, foi a vez de MGLU3 animar investidores com 2º tri

Depois de uma reação bastante positiva aos números do Grupo Casas Bahia (BHIA3) na sessão de ontem (e apesar da queda de 9,42% hoje), foi a vez dos acionistas do Magazine Luiza (MGLU3) repercutirem os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) da varejista na noite da última quinta-feira (8).


Depois de uma reação bastante positiva aos números do Grupo Casas Bahia (BHIA3) na sessão de ontem (e apesar da queda de 9,42% hoje), foi a vez dos acionistas do Magazine Luiza (MGLU3) repercutirem os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) da varejista na noite da última quinta-feira (8).

Os números do Magalu também foram vistos como positivos, com as ações fechando em alta de 3,35%, a R$ 12,96. Nas palavras da XP, foram sólidos resultados, “com um desempenho ainda moderado, mas receita acelerando e rentabilidade melhor, em cima de ajustes de preços e maior penetração de serviços”.

O GMV (volume bruto de mercadorias) total aumentou 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, apoiado por um forte desempenho das lojas físicas (SSS, ou vendas mesmas lojas, subiu 16% em relação ao mesmo período do ano anterior), provavelmente refletindo a otimização do parque de lojas da concorrência, e do 3P (ou marketplace, +4%), que mais do que compensou o momento ainda desafiador do 1P (estoque próprio, -1%), devido à fraca demanda por bens duráveis. As vendas líquidas consolidadas aumentaram 4% em relação ao ano anterior, com mercadorias crescendo 4% e serviços avançando 11,5%.

A rentabilidade foi o destaque, suportada principalmente pela expansão da margem bruta (+2,1 pontos percentuais, ou p.p,, em relação ao ano anterior), devido a uma maior penetração de serviços (+0,5 p.p) e à melhora na rentabilidade de mercadorias (+1,8 p.p na base anual, com margem bruta do 1P aumentando em 3p.p). O lucro líquido ajustado atingiu R$ 37 milhões, com melhores resultados operacionais e maiores créditos fiscais, enquanto a geração de caixa atingiu R$ 222 milhões, excluindo a antecipação de recebíveis de terceiros (de R$ 1,4 bilhão).

A XP aponta que: os executivos destacaram que a melhora na lucratividade permite que a Magalu acelere o lançamento de novos negócios e novas iniciativas e a empresa teve 11 fechamentos de lojas no trimestre (-34 nos últimos doze meses).

O Bradesco BBI classifica os resultados como mais saudáveis e acima do esperado, mostrando melhor lucratividade e fluxos de caixa, embora ainda com tendências suaves na linha de receita, principalmente no canal online (aumento anual de 0,9%). As vendas líquidas cresceram 5,1% no 2T24 (amplamente em linha com o esperado), enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou 5,0% acima da estimativa de R$ 711 milhões, impulsionado principalmente pela sólida expansão da margem bruta (aumento anual de 2,1 pp) e sólida melhoria nos resultados da LuizaCred (aumento anual de R$ 137 milhões).

O lucro líquido ajustado ficou em território positivo pelo terceiro trimestre consecutivo em R$ 37 milhões no 2T24 (ajudado um pouco pelo imposto de renda, já que o lucro antes dos impostos, ou EBT, foi ligeiramente negativo).

“Temos destacado nos últimos trimestres que as principais métricas do Magalu a serem observadas são margens e geração de fluxo de caixa, que melhoraram adequadamente e estavam em boa forma no 2T24. É verdade que a base anual de comparação ainda é fraca, mas o Magalu conseguiu reduzir uma perda anual de EBT em aproximadamente R$ 400 milhões para -R$ 14 milhões no 2T24, principalmente apoiada por sua margem Ebitda ajustada que continua melhorando sequencialmente (aumento trimestral de 0,5pp, para 7,9%). Mais importante, a dívida líquida (incluindo desconto de recebíveis) melhorou sequencialmente em R$ 562 milhões no trimestre, o que é naturalmente uma boa indicação”, avalia o BBI.

Assim, o banco acredita que os resultados do 2T24 ajudam a empresa a solidificar seu caminho em direção a um nível de resultado final positivo sustentável à frente (esperando que o EBT se torne positivo a partir do 3T24 em diante). A consistência continua sendo a chave e o BBI diz estar ansioso para ver o quão rápido a relação entre GMV e receita da Magalu pode se recuperar, enquanto a margem Ebitda melhora e as despesas financeiras diminuem, descomprimindo gradualmente o EBT.

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“No entanto, considerando que MGLU3 negocia a 22 vezes o múltiplo P/L (preço sobre lucro) esperado para 2025, ainda preferimos manter nosso preço-alvo de R$ 17 e uma recomendação neutra”, aponta.

Lojas físicas como destaque?

A Genial também ressalta que foi um forte resultado, vendo uma considerável evolução nas vendas de lojas físicas (+3,5% da projeção da casa) e na rentabilidade – principalmente em margem bruta (consolidado em 30,9% versus estimado em 30,4%).

Ressaltando que não houve abertura de lojas e que a redução da metragem de vendas impacta negativamente o crescimento da receita, a companhia acelera as vendas desse canal em duplo dígito e emplaca um bom índice de vendas nas mesmas lojas.

“O mais incrível é que as vendas em lojas físicas estão acontecendo em um mesmo momento em que a carteira de crédito da Luizacred recua 3,6% anualmente e 1,2% trimestralmente. Há algum tempo já discutíamos a possibilidade de Magalu estar ganhando a fatia perdida pelo Grupo Casas Bahia nesse canal – dado o forte fechamento de lojas do grupo (-56 unidades nos últimos doze meses)”, apontam os analistas.

Assim, avalia a Genial, performance de lojas físicas é 'monstruosa' – “no bom sentido do jargão”, pontua. Os analistas veem como surpreendente que o Magalu tenha crescido esse canal mesmo em um cenário onde o Grupo Casas Bahia começa a "soltar o pé do freio" na carteira de crédito (a qual cresceu +4,2% ano a ano nesse 2º trimestre).

Por outro lado, dois pontos chamaram a atenção da Genial de forma negativa nesse trimestre: (i) apesar de uma evolução sequencial, a necessidade de capital de giro ainda parece alta, o que acaba pressionando o fluxo de caixa operacional do período; (ii) uma nova provisão de R$ 204 milhões relativa ao ICMS-DIFAL foi feita nesse trimestre – a Genial que este já era um assunto encerrado no 4º trimestre de 2023, quando a companhia já havia provisionado R$ 374 milhões.

O banco segue com recomendação de compra para os papéis e preço-alvo de doze meses de R$ 19,50 – o que implica em um potencial upside de 56% em relação ao fechamento do último pregão.

SIte da InfoMoney

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