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João Campos e Ana Paula Rabelo estreiam curta do DF em Gramado

Via Sacra é o único representante do DF em competição no Festival de Gramado.

Por Em Sergipe

13/08/2024 às 19:51:54 - Atualizado há
Foto: Metrópoles

Via Sacra é o único representante do DF em competição no Festival de Gramado. Na saída de uma sessão lotada, o Metrópoles conversou com João Campos e Ana Paula Rabelo, diretor e produtora do curta-metragem, que conta com virtuosos planos sequência em sua duração.

Metrópoles: Ao mostrar o filme aqui em Gramado, o que você diria que ele mostra especificamente de Brasília, do DF, para um público de outras cidades?

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João Campos: Via Sacra tem um aspecto muito peculiar, que é sua locação. A gente teve duas locações, uma foi para a cena inicial do escritório, no TST. E depois a locação, ela vira a própria cidade… A gente brincava com isso, o Fernando Toledo, nosso produtor de locação, dizia: a gente precisa de um complexo.

A gente precisava de um prédio, que fosse um segundo ou terceiro andar, tivesse um elevador, uma escada perto, que fosse próximo de uma avenida, parada de ônibus, possível de percorrer em 5 a 10 minutos de ônibus, descer em outra parada e correr até a última locação, que é um apartamento. A pergunta destaca esse trabalho que a equipe fez para encontrar esse complexo, que é a cidade. Brasília é a nossa locação, um recorte de Brasília.

Por ser um plano sequência também, ele acaba revelando esse aspecto da cidade. Essa saída do IFB—inclusive, quero agradecer tanto o TST como o Instituto Federal—que dá na L2 Norte, né? A gente sai do IFB, chega na L2, passa pelas quadras. A personagem desce na L2, ela corre, passa por um pilotis, que também é uma coisa muito brasiliense, dentro do plano piloto. Sobe a escadinha daqueles prédios das quatrocentros. É um retrato da cidade também.

Metrópoles: Via Sacra é um filme carregado de símbolos e de iconografias. Como cativar e engrossar o interesse na iconografia deste filme, para quem talvez não a conheça?

João Campos: Tiveram algumas camadas que a gente quis trabalhar. Mesmo enquanto pessoas brancas, a nós interessa debater questões que são bastante importantes prea nós enquanto seres humanos. Uma delas é o combate ao racismo, à violência policial, e toda uma expectativa que já existe sobre o desfecho de certas histórias. Então, a nós interessava também o jogo com esses corpos. Não queremos dar spoiler… Mas pensar também do que é possível, no que são as famílias possíveis, né?

Metrópoles: O filme passou aqui na telona de Gramado e qual será a trajetória dele? Quais os próximos passos para um curta-metragem?

Ana Paula Rabelo: Inicialmente, a gente fez um planejamento de acordo com quais seriam nossos sonhos. Quais seriam os festivais internacionais e nacionais em que a gente gostaria de estrear e de passar. E aí essa realização, essa conquista da estreia no Festival de Gramado foi super importante, é um dos maiores festivais do Brasil. A gente nunca tinha entrado com um filme. O João já tinha vindo aqui para ser júri da Mostra Gaúcha, mas ele nunca tinha entrado com um filme, nem eu. É uma estreia muito importante para iniciar a construção da carreira, da trajetória, do curta.

A gente ainda tem um grande sonho, que é o Festival de Brasília, de poder passar na telona lá, podendo ter toda a equipe. Então, até o final desse ano, a gente ainda está focando no Festival de Brasília. E aí, a partir do ano que vem, a gente vai inscrever no máximo de festivais possíveis, né?

Ana Paula Rabelo

Metrópoles: E quais são os próximos projetos?

João Campos: Um roteiro de longa-metragem que escrevi e vou dirigir com produção também da Peixa. Estamos rodando por laboratórios e já participamos de alguns laboratórios: do Sesc, o Argumenta lá no Rio de Janeiro e, mais recentemente, no Icumam. Foi muito legal, a gente recebeu dois prêmios. Um da Vitrine Filmes e um do Projeto Paradiso.

A gente tá aqui no mercado também, durante o Festival de Gramado. A gente tem uma reunião quarta-feira com a Califórnia Filmes… Então é um projeto em que a gente tá super investindo. Se passa no interior de Goiás, em Morrinhos — a cidade da minha família, onde meu pai mora e onde a minha família tem uma tradição muito forte na Folia de Reis.

Fonte: Metrópoles
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