Após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a suspensão de emendas impositivas apresentadas pelo Congresso ao Orçamento, parlamentares rejeitaram a recomposição de verbas para o Judiciário.
Após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a suspensão de emendas impositivas apresentadas pelo Congresso ao Orçamento, parlamentares rejeitaram a recomposição de verbas para o Judiciário.
A decisão foi tomada durante reunião da Comissão Mista de Orçamento, mas o resultado ainda precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado.
A medida analisada pela comissão buscava corrigir perdas do Judiciário e do Conselho Nacional do Ministério Públicos (CNMP).
O texto previa a destinação de um crédito extraordinário de R$ 1,3 bilhão para os órgãos, atendendo a uma decisão do Tribunal de Contas da União.
Em seu parecer sobre a medida, o deputado Cabo Gilberto (PL-PB) afirmou que o texto apresenta "incompatibilidade e inadequação orçamentária e financeira".
Parte do crédito destinada ao Judiciário já estaria empenhada. Portanto, a reação da comissão é vista como um ato político de retaliação à decisão de Dino.
O ato do ministro determina a suspensão de todas as emendas impositivas apresentadas por congressistas ao orçamento da União até que sejam criadas regras de transparência e rastreabilidade dos recursos.
Ficam de fora da suspensão os recursos destinados a obras já iniciadas e em andamento ou a ações para atendimento de calamidade pública formalmente declarada e reconhecida.
Nesta quarta-feira (14), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a apreciação de propostas previstas para esta semana no plenário da Casa até que haja uma solução para o impasse sobre a suspensão das emendas parlamentares.
As emendas impositivas são aquelas de execução obrigatória: as emendas individuais de transferência especial (“emendas Pix”), emendas individuais de transferência com finalidade definida e emendas de bancadas estaduais.
Conforme a decisão, os poderes Legislativo e Executivo, "em diálogo institucional", deverão regular os novos procedimentos de transparência e rastreabilidade das emendas.
Na noite de terça-feira (13), Lira afirmou que decisões sobre emendas parlamentares não podem ser alteradas por atos monocráticos.
A declaração foi feita após um jantar em homenagem ao deputado em evento do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos.
"Não podem mudar isso em um ato monocrático, por quaisquer que sejam os argumentos e razões, por mais que pareçam razoáveis", disse Lira.
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