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"Forma de acolhimento", diz diretora sobre Meu Casulo de Drywall

Meu Casulo de Drywall chegou aos cinemas na última quinta-feira (12/9) com a envolvente história de Virgínia (Bella Piero), uma jovem que completa 17 anos e tem o destino transformado no que parece ser uma noite, mas é apenas o capítulo final de diversos acontecimentos anteriores.

Por Em Sergipe

14/09/2024 às 04:18:29 - Atualizado há

Meu Casulo de Drywall chegou aos cinemas na última quinta-feira (12/9) com a envolvente história de Virgínia (Bella Piero), uma jovem que completa 17 anos e tem o destino transformado no que parece ser uma noite, mas é apenas o capítulo final de diversos acontecimentos anteriores. Sob direção de Carol Fioratti, o longa fala sobre os desafios da adolescência e a importância da atenção à saúde mental.

“Esse filme traz esse grande tema que é como lidar com o que a vida nos apresenta. O Meu Casulo de Drywall representa essa metamorfose da lagarta que, para se transformar em borboleta, precisa quebrar o casulo. Só que quebrar o casulo não é fácil para a lagarta, às vezes ela sai com as asas feridas, quebradas. E isso é uma grande metáfora de passar pela adolescência. Você vai chegar no final dela com as suas asas quebradas para ir para o mundo, mas você consegue voar mesmo assim”, explica a diretora.

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Ela detalha ainda que construiu a trama como uma história com vários personagens que se complementam e refletem um ao outro nas narrativas, mas sempre inspirados pela protagonista: “A Virgínia é um estopim de transformação daqueles que estão ao redor dela”.

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Carol também pontua que a trama explora as complexidades humanas e oferece um espaço de conforto para adolescentes. “Eu espero muito que os jovens vão ao cinema assistir o filme, porque eu acredito que ele vai poder ser uma espécie de acolhimento também, de escuta. Eu acho que o filme vai olhar, vai chegar para o jovem falando assim ‘Eu entendo as suas dores'”, avalia.

Desafios e saúde mental

Os personagens Nicollas (Michel Joelsas), Luana (Mari Oliveira) e Gabriel (Daniel Botelho) completam o quarteto principal da história que se desenrola dentro de um condomínio de luxo. As histórias complexas vividas por cada um deles fizeram com que os atores buscassem apoio uns nos outros para seguir até o fim. “A gente se encontrou muito nesse quarteto quando a gente entendeu que tinha o outro ali o tempo inteiro, de que era um processo que seria muito complexo, que poderia ser menos se a gente fosse caminhando juntos”, conta Mari.

Michel avalia ainda que foi interessante a forma como Carol conseguiu falar sobre saúde mental. “Ela conseguiu colocar no filme personagens que têm questões e uma saúde mental influenciada por fatores completamente diferentes, cada um com a sua questão, cada um com o seu ambiente, mas que se interligam. Então acho que é importante trazer esses temas e mostrar para o público, para que ele se identifique? Que não importa qual seja a circunstância, o ambiente, esses temas têm que ser trabalhados.”

Quem também acredita na importância de falar sobre essas questões é Daniel Botelho, que defende que a discussão sobre saúde mental principalmente pelo sofrimento que isso pode causar às pessoas. Ele comemora que existam cada vez mais processos e estudos e as pessoas sejam amparadas da melhor forma e reforça que, como em uma terapia, o filme é “um convite a se conhecer e se encarar”.

Mais metáforas de Meu Casulo de Drywall

Um dos destaques do filme são as feridas que aparecem no corpo de Virgínia ao longo da história, mas abrem espaço para o espectador questionar se são reais ou fictícias. A diretora explica que elas funcionam como um guia para o público, mas também como um incentivo à autoanálise.

“É uma forma do espectador poder se questionar ‘Será que eu estou olhando, que eu estou vendo as minhas próprias feridas?’ ‘Será que o outro está vendo?’ ‘Será que eu estou vendo as feridas de quem está próximo de mim?'”, esclarece.

A atriz Bella Piero pontua ainda que essa é “uma ferramenta de poesia narrativa muito bonita”. “Ela consegue trazer para a imagem o que a personagem sente, tanto que as vulnerabilidades dela se materializam. E é justamente o fato de só ela poder enxergar, de ninguém conseguir comunicar que resume, sem palavras, de uma forma muito sensorial, a mensagem que eu acho que o filme precisa passar.”

Fonte: Metrópoles
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