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Com foco em Ásia e África, Brasil abre 200 mercados para o agro

O Ministério da Agricultura e Pecuária alcançou, nesta semana, a abertura de 200 novos mercados para exportação desde 2023.


Foto: AgroRevenda

O Ministério da Agricultura e Pecuária alcançou, nesta semana, a abertura de 200 novos mercados para exportação desde 2023.

Esses mercados estão distribuídos por 60 países ao redor do mundo. O ducentésimo acordo foi firmado com a Rússia, garantindo a exportação de embriões de bovinos para o país.

A abertura de um mercado refere-se ao processo pelo qual um país ou bloco econômico permite o acesso de produtos de outro país ao seu mercado interno. Esse processo envolve a superação de barreiras comerciais, como requisitos sanitários e a negociação de acordos bilaterais ou multilaterais para permitir essa entrada.

Em entrevista à CNN, o ministro em exercício da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, detalhou essa marca e enfatizou a importância dos diálogos diplomáticos no processo de abertura de novos destinos às exportações.

Perosa, que é o secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério, afirmou que o foco "principal" do governo é alcançar novos mercados na Ásia e na África.

"Produzimos muitos alimentos, então precisamos dar vazão a isso. Orientamos essa produção para onde existe demanda. Hoje a grande demanda está na Ásia”, disse.

“Também temos orientação para fazer cooperação técnica com a África, para que os africanos possam produzir seus próprios alimentos e nos ajudar no suprimento internacional".

Como noticiado pela CNN, as exportações brasileiras para os países da Asean – bloco econômico que reúne dez países do Sudeste Asiático -, já superam as vendas para todo o Mercosul, uma demonstração tanto de vitalidade nos embarques para outros destinos comerciais quanto de enfraquecimento do mercado sul-americano.

A abertura de novos mercados é frequentemente um processo desafiador, que exige anos de negociações. O ministro em exercício ressaltou a importância da recente conquista do mercado de carne bovina no México, antes dominado pelos Estados Unidos.

"Existem alguns mercados que são emblemáticos. O mercado de carne bovina para o México, por exemplo, estávamos há 20 anos negociando essa abertura. É um mercado com potencial de bilhões de dólares. Era totalmente dominado pelos Estados Unidos”, disse.

A expectativa do ministério é alcançar a marca de US$ 14 bilhões em exportações de carne em 2024. Segundo Perosa, as vendas para o México devem contribuir significativamente para atingir essa meta.

O secretário também destacou a relevância dos mercados de algodão, no Egito, e de carnes bovinas, em Singapura.

Recentemente, o Brasil conseguiu autorização para vender óleo de cozinha usado (matéria-prima para biocombustíveis) aos Estados Unidos, camarões à Austrália, hemoderivados de bovinos e suínos ao Peru.

"A vida toda ouvimos falar que o algodão egípcio era o melhor do mundo, agora estamos com o mercado aberto para o algodão brasileiro ser vendido ao Egito. Na Ásia, agora exportamos carnes para Singapura, que é um grande hub no continente", afirmou o secretário.

Algumas negociações seguem em andamento, com a expectativa de novos anúncios nos próximos dias. A previsão do governo é de que o número de mercados abertos chegará a 300 até 2026.

Imprevisibilidade climática

Com as mudanças climáticas se tornando cada vez mais evidentes, a imprevisibilidade de desastres naturais pode influenciar a decisão final dos compradores. Segundo Perosa, o governo acompanha com “preocupação” a crescente ameaça de eventos climáticos extremos.

"Vemos com total preocupação. As mudanças climáticas estão aí e vimos efeitos diretos no Brasil. Mais importante que ter gente preparada, área disponível para plantio e tecnologia é o clima. Sem o clima não conseguimos garantir essa produção".

"Então temos total preocupação. Por isso o Plano Safra foi idealizado para ser voltado à sustentabilidade, para a agricultura de baixo carbono e sustentável", concluiu.

CNN Brasil

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