O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, disse à CNN que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, concordou com um cessar-fogo de 21 dias poucos dias antes de ser assassinado por Israel.
O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, disse à CNN que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, concordou com um cessar-fogo de 21 dias poucos dias antes de ser assassinado por Israel.
O cessar-fogo temporário foi pedido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, seu colega francês, Emmanuel Macron, e outros aliados durante a Assembleia Geral da ONU na semana passada.
"Ele [Nasrallah] concordou, ele concordou", disse Habib a Christiane Amanpour em uma entrevista exibida nesta quarta-feira (2).
"Nós concordamos completamente. O Líbano concordou com um cessar-fogo, mas consultando o Hezbollah. O presidente da [Câmara Libanesa], Sr. Nabih Berri, consultou o Hezbollah e nós informamos os americanos e os franceses sobre o que aconteceu. E eles nos disseram que o Sr. [Primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu também concordou com a declaração que foi emitida por ambos os presidentes [Biden e Macron.]"
O conselheiro sênior da Casa Branca, Amos Hochstein, deveria ir ao Líbano para negociar o cessar-fogo, continuou Habib.
"Eles nos disseram que o Sr. Netanyahu concordou com isso e então também obtivemos o acordo do Hezbollah sobre isso e você sabe o que aconteceu desde então", continuou Habib.
Nasrallah foi morto em um ataque aéreo israelense na sexta-feira nos subúrbios ao sul da capital libanesa, Beirute.
Um dia antes, uma declaração conjunta emitida pelos Estados Unidos, França, Austrália, Canadá, União Europeia, Alemanha, Itália, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Catar apelou a um cessar-fogo de 21 dias, "para dar à diplomacia uma oportunidade de ter sucesso e evitar novas escaladas através da fronteira".
Em resposta a uma pergunta sobre a diminuição da influência dos Estados Unidos na região, Habib disse que Washington "sempre foi importante nesse sentido".
"Não acho que tenhamos uma alternativa. Precisamos da ajuda dos Estados Unidos. Se a receberemos ou não, ainda não temos certeza, mas [os] Estados Unidos são muito importantes, vitais para que o cessar-fogo aconteça", disse Habib.
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