IPCA no Brasil; dados de inflação e ata do FOMC nos EUA: o que acompanhar na semana

Após uma semana marcada por dados do mercado de trabalho nos EUA e a mudança de nota de crédito no Brasil pela agência de classificação de risco Moody’s, o assunto dos próximos dias é inflação.

Por aqui, os números do Índice de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA) serão conhecidos na quarta-feira (9). O dado é especialmente relevante quando se considera a direção da política monetária brasileira, que entrou em ciclo de alta da Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A inflação foi alvo de mudanças de projeção tanto da XP quando da equipe econômica do Itaú.

“Continuamos a projetar crescimento de 3,1% para o PIB de 2024 e 1,8% em 2025. A taxa de câmbio segue volátil, com fatores de influência em ambas as direções. Deste modo, mantivemos nossa projeção de R$ 5,40 por dólar. Do lado da inflação, os fundamentos permanecem desafiadores, de modo que elevamos nossa projeção para o IPCA de 2024 de 4,4% para 4,6% e, de 2025, de 4,0% para 4,1%”, afirma Caio Megale, economista-chefe da XP.

Para o IPCA de setembro, a expectativa é de aceleração ante agosto, em especial refletindo a pressão em preços de alimentos e em tarifas de energia elétrica. A XP projeta alta de 0,43% na comparação mensal, com 4,41% no acumulado do ano.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística também divulgará nessa semana a Pesquisa Mensal do Comércio, que o mercado estima que mostrará desaceleração, e a Pesquisa Mensal do Serviço, que deve trazer crescimento mensal modesto, de acordo com economistas da XP.

No campo político, algumas pautas podem andar após o primeiro turno das eleições municipais de domingo (6). Entre elas, a mais relevante para o mercado é a confirmação de Gabriel Galípolo pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na terça-feira (8). Após a aprovação, a nomeação segue para confirmação em plenário do Senado.

Inflação em destaque e volta da China

Nos Estados Unidos, os destaques da semana são inflação e a ata do Federal Open Market Comittee (FOMC). A ata será apresentada na quarta-feira (9) e deve trazer mais indicações do processo de tomada da decisão que cortou em 0,50 ponto percentual a taxa de juros dos EUA em setembro. Além disso, o mercado acompanha com ansiedade novas indicações da direção do FOMC.

Para ajudar na consolidação das projeções de juros, na quinta e na sexta os EUA apresentam importantes dados de inflação: o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) e PPI (Índice de Preços ao Produtor).

Na China, que retoma suas negociações na terça após altas históricas no último pregão antes do feriado da Semana Dourada, relevantes dados econômicos serão divulgados (sem data certa). O mercado conhecerá os números de crédito agregado, novos empréstimos, índice de preços ao consumidor e índice de preços ao produtor.

Confira a agenda da semana:

(Com Reuters)