O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, disseram que Israel deve tomar medidas urgentes para melhorar a situação humanitária em Gaza para evitar uma ação legal envolvendo o auxílio militar dos EUA, de acordo com reportagens publicadas nesta terça-feira (15).
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, disseram que Israel deve tomar medidas urgentes para melhorar a situação humanitária em Gaza para evitar uma ação legal envolvendo o auxílio militar dos EUA, de acordo com reportagens publicadas nesta terça-feira (15).
“Estamos escrevendo agora para enfatizar a profunda preocupação do governo dos EUA com a deterioração da situação humanitária em Gaza e buscar ações urgentes e sustentadas por parte de seu governo neste mês para reverter essa trajetória”, escreveram eles, em uma carta de 13 de outubro a seus pares israelenses, que foi publicada por um repórter do site Axios na rede social X.
Um repórter do Israeli News 12 havia publicado inicialmente o conteúdo da carta também no X.
O Departamento de Estado e o Pentágono não responderam a pedidos de comentários da Reuters em um primeiro momento. Representantes do governo de Israel também não puderam ser contatados imediatamente para comentar o assunto.
As reportagens surgem no momento em que forças israelenses expandem as operações para o norte de Gaza, em meio a preocupações constantes sobre o acesso a auxílio humanitária em todo o enclave e o acesso dos civis a alimentos, água e medicamentos.
A carta dos secretários citava a Seção 620i da Lei de Assistência Estrangeira, que restringe (proíbe) ajuda militar a países que impedem a entrega de assistência humanitária dos EUA.
Ela também citou um Memorando de Segurança Nacional emitido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em fevereiro, que exige que o Departamento de Estado informe ao Congresso se considera confiáveis as garantias de Israel de que o uso de armas dos EUA não viola leis norte-americanas ou internacionais.
Autoridades dos EUA disseram no início deste ano que Israel pode ter violado a lei humanitária internacional usando armas fornecidas pelos EUA durante sua operação militar em Gaza.
Desde 7 de outubro de 2023, o conflito entre Israel, Hamas e Hezbollah escalou dramaticamente após um ataque surpresa do Hamas a Israel, que resultou em centenas de mortes e sequestros de civis. O Hamas lançou uma série de foguetes e infiltrou militantes em território israelense, levando a uma resposta militar significativa por parte de Israel. O governo israelense declarou estado de guerra e iniciou uma campanha de bombardeios em Gaza, visando a infraestrutura do Hamas e suas capacidades militares. Esse ataque marcou um dos piores episódios de violência na região em anos, exacerbando as tensões já existentes e gerando uma crise humanitária em Gaza.
Além disso, o Hezbollah, que opera no Líbano e é apoiado pelo Irã, começou a intensificar suas atividades na fronteira com Israel, realizando ataques e disparando foguetes em apoio ao Hamas. A situação se tornou ainda mais complexa com o envolvimento de grupos militantes e a possibilidade de uma guerra em múltiplas frentes. A comunidade internacional expressou preocupações sobre a escalada do conflito e suas consequências para a estabilidade regional, enquanto esforços diplomáticos para um cessar-fogo enfrentam desafios significativos. A crise humanitária em Gaza se agrava, com milhares de deslocados e um acesso limitado a alimentos e serviços básicos, enquanto as tensões entre Israel e seus vizinhos permanecem altas.
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