O Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, assinou uma resolução do Foro de São Paulo, reconhecendo a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela e "se solidarizando" com o regime, que sofre críticas por fraudar o pleito.
O Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, assinou uma resolução do Foro de São Paulo, reconhecendo a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela e "se solidarizando" com o regime, que sofre críticas por fraudar o pleito.
Foto: Ricardo Stuckert.
O texto (clique aqui para conferir) foi redigido pelo grupo de partidos de esquerda latino-americanos em uma reunião no México. O encontro ocorreu paralelamente à posse de Claudia Sheinbaum como chefe do executivo do país.
Segundo fontes do PT ouvidas pelo colunista Pedro Venceslau, da CNN, o partido não divulgou a assinatura da resolução por temer críticas em meio às eleições municipais.
Ao longo do documento, os partidos de esquerda atacam todos os presidentes de centro e centro-direita latino-americanos por repudiar a fraude eleitoral venezuelana.
Além disso, eles criticam o "imperialismo" dos Estados Unidos e defendem o "Sul Global", comandado pelos ditadores da Rússia e da China, que apoiam Maduro. Os integrantes do foro também exaltam um evento "Anti-fascista" que aconteceu na Venezuela.
“Saudamos o recente Congresso Mundial contra o Fascismo, o Neofascismo e Expressões Similares, nos dias 10 e 11 de setembro em Caracas, bem como a criação da Internacional Anti-fascista. A realização desta atividade na Venezuela tem uma importância transcendental, devido à coordenação internacional e o trabalho conjunto das forças de extrema direita para atacar os resultados das eleições presidenciais venezuelanas e a vitória do presidente Nicolás Maduro”, afirmam na resolução.
Nas eleições presidenciais de julho, a ditadura chavista anunciou a vitória de Maduro, apontando que, com 80% das urnas apuradas, o ditador teria recebido 51,20% dos votos, enquanto o candidato da coalizão de oposição teria 44,20% e todos os demais 4,60%.
Convenientemente, todos os candidatos teriam tido porcentagens terminadas com zeros à direita. Em eleições legítimas, isso nunca ocorre. O presidente da Argentina, Javier Milei, por exemplo, ganhou com 55,65099( )% dos votos em 2023.
O que ocorreu na Venezuela foi que o órgão eleitoral aparelhado por Maduro decidiu que o ditador venceria com 51,2% e apenas ajustou os números dos demais candidatos para condizer com esse número.
Em seu desleixo, a ditadura venezuelana não imaginou que a fraude seria evidente para o resto do mundo.
A oposição, por outro lado, reuniu mais de 80% das atas das urnas e provou que Edmundo González, o candidato da coalizão contra Maduro, foi vitorioso com 67% dos votos contra 30% do ditador.
Mesmo que Maduro obtivesse todos os votos das atas remanescentes, ele não seria capaz de vencer. Nos dias seguintes à eleição, mais de 200 protestos contra a fraude aconteceram na Venezuela.
Muitos protestos foram reprimidos com truculência pelas forças de segurança do país, causando a morte de dezenas de pessoas segundo a ONG Provea e mais de 1,7 mil prisões, de acordo com a ONG Foro Penal.
Clique aqui e entenda como a Venezuela se tornou uma ditadura e como o PT ajudou o regime!
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