Economia Balanços corporativos

Quais ações saem na frente após a 1ª semana de resultados nos EUA? Veja recomendações

A primeira semana da temporada de balanços nos Estados Unidos chega ao fim com cerca de 50 empresas do S&P 500 divulgando seus resultados –  e a maioria já apresentou seus números.

Por Em Sergipe

18/10/2024 às 08:23:42 - Atualizado há

A primeira semana da temporada de balanços nos Estados Unidos chega ao fim com cerca de 50 empresas do S&P 500 divulgando seus resultados –  e a maioria já apresentou seus números. Essas companhias, juntas, representam aproximadamente 12% da capitalização do principal índice de ações norte-americano, segundo dados da XP Research e da Bloomberg.

Até agora, 81,3% das empresas superaram as estimativas de lucro por ação, enquanto 72,9% entregarem receitas superiores aquelas esperadas pelo mercado, conforme levantamento divulgado pela Zacks Investment Research na quinta-feira (17), o que repercutiu nas bolsas americanas, que sobem 4% no acumulado do mês.

Um dos principais destaques da semana foi o grupo dos grandes bancos norte-americanos. Os seis gigantes financeiros – JPMorgan (JPMC34), Morgan Stanley (MSBR34), Goldman Sachs (GSGI34), Citigroup (CTGP34), Wells Fargo (WFCO34) e Bank of America (BOAC34) – superaram as expectativas dos analistas, registrando lucros ou receitas acima das previsões.

O lucro do Morgan Stanley saltou para US$ 1,88 por ação, ante estimativa de US$ 1,58 da LSEG. No caso do BofA, o lucro foi puxado por forte atividade em banco de investimento e trading, também superando as previsões. O lucro por ação do Citigroup somou US$ 1,51, superando os US$ 1,31 do FactSet.

O Wells Fargo, apesar de decepcionar com a receita, entregou lucro diluído por papel ordinária de US$ 1,42, acima da previsão de US$ 1,28 do FactSet. O Goldman Sachs registrou aumento de 45% no lucro terceiro trimestre. Por fim, o lucro por ação do JPMorgan ficou em US$ 4,37, acima dos US$ 3,99 sugeridos pelos analistas.

Evandro Medeiros, analista da Suno Research, destacou o balanço do JPMorgan. “As perdas líquidas foram de somente 0,16% da carteira. Dado que o banco faz parte do cotidiano de milhões de indivíduos e empresas, a inadimplência módica reflete o bom desempenho da economia americana, a despeito das perspectivas de uma desaceleração da atividade econômica”.

Confira como ficaram as recomendações dos analistas após as divulgações dos balanços:

EmpresaCompraVenda
Netflix (NFLX34)282
Goldman Sachs (GSGI34)140
Citigroup (CTGP34)140
BlackRock (BLAK34)140
Bank of America (BOAC34)120
Wells Fargo (WFCO34)110
Morgan Stanley (MSBR34),100
Charles Schwab (SCHW34)101
Johnson & Johnson (JNJB34)80
JPMorgan (JPMC34)51
Fonte: The Wall Street Journal
Data de corte: 18/10/2024

Netflix com 5 milhões de clientes

Um dos balanços mais esperados da semana era da Netflix (NFLX34). No final da quinta, o resultado divulgado pelo serviço online de streaming dos EUA superou as expectativas nos principais indicadores financeiros. A empresa também revelou ter cerca de 5 milhões de clientes no terceiro trimestre. "Temos muito mais trabalho a fazer para melhorar nossa oferta para os anunciantes, o que será uma prioridade nos próximos anos", escreveu a empresa.

Analistas do Citigroup escreveram em nota após o relatório que a perspectiva da empresa para o quarto trimestre "excedeu a Street" (foi maior do que a esperada), enquanto sua previsão para 2025 "estava relativamente alinhada com as estimativas de consenso".

BlackRock, Charles Schwab e Johnson & Johnson

Outras três balanços esperados foram BlackRock (BLAK34), Charles Schwab (SCHW34) e Johnson & Johnson (JNJB34). A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, divulgou que seu lucro líquido aumentou para US$ 1,63 bilhão, ou US$ 10,90 por ação, no trimestre encerrado em 30 de setembro. Os ativos sob gestão da gigante também atingiram um recorde de US$ 11,5 trilhões.

A Charles Schwab reportou lucro líquido no terceiro trimestre, totalizando US$ 1,4 bilhão, ou US$ 0,71 de lucro diluído por ação ordinária. Por fim, a Johnson & Johnson reportou lucros mais fortes impulsionados pelo avanço das vendas de seu medicamento contra o câncer Darzalex. O lucro ajustado foi de US$ 2,42 por ação, acima dos US$ 2,19 esperados.

O que esperar da temporada e do S&P?

Apesar do início positivo, a expectativa para a temporada de balanços é menor na comparação com o semestre anterior. “Em nossa visão, os lucros provavelmente vão crescer entre 5% e 7% no 3º trimestre, o que representa uma queda em relação ao 2º semestre”, disse Matthew Tormey, estrategista de ações na UBS.

De acordo com analistas, os números são indicativos de que a economia dos EUA está realmente desacelerando. “Vemos os lucros do terceiro trimestre confirmando que nossa perspectiva para a economia está correta; a economia está em uma tendência de desaceleração que está se aproximando do fim”, disse Scott Wren, estrategista sênior de mercado global do Wells Fargo.

Em termos de contribuição, segundo relatório assinado por Paulo Gitz, estrategista global da XP, e Maria Irene Jordão, analista global da instituição, as big techs ainda devem brilhar até o final do ano, sendo “responsáveis por 89% do crescimento” dos lucros do S&P 500.

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