Lula promete crédito a afetados por apagão em SP: "Não quero saber de quem é a culpa"

Em meio a novas previsões meteorológicas de fortes chuvas em São Paulo a partir desta sexta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou um evento na capital paulista, nesta manhã, para falar sobre o "apagão" de energia que afetou milhões de pessoas na maior cidade do Brasil.

Ao discursar no lançamento de novas medidas do programa Acredita, destinadas aos micro e pequenos empreendedores, no Allianz Parque, em São Paulo, Lula disse que não quer saber "de quem é a culpa" pelo apagão.

"Vocês viram ao apagão que está tendo em São Paulo. Ontem eu pedi ao [Fernando] Haddad e à Casa Civil para trabalharem porque nós vamos fazer para a cidade de São Paulo o mesmo que nós fizemos para o Rio Grande do Sul", afirmou Lula, referindo-se à tragédia climática que arrasou centenas de municípios gaúchos, em abril e maio deste ano.

Leia também

Lula acena aos MEIs: “Tem uma parte da sociedade que não quer ter carteira assinada”

“As pessoas querem trabalhar por conta própria, montar um comércio”, disse Lula durante anúncio de novas iniciativas destinadas aos micro e pequenos empreendedores, grupo tradicionalmente refratário ao governo

"As pessoas que tiveram prejuízo por conta do apagão, que perderam geladeira, que perderam a sua comida, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa… Nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem", disse o presidente da República.

Lula, no entanto, não deu mais detalhes a respeito dessa linha de financiamento. O evento terminou logo depois da fala do presidente.

"Eu não quero saber de quem é a culpa. Eu quero saber quem é que vai dar a solução", concluiu Lula.

O apagão em São Paulo atingiu diversas regiões da cidade e da região metropolitana, desde a última sexta-feira (11), quando uma tempestade com ventos de até 100 quilômetros por hora castigou a capital paulista.

Em alguns bairros, a Enel (concessionária de energia do estado de São Paulo) só retomou o fornecimento seis dias depois da chuva. De acordo com a empresa, mais de 3 milhões de endereços foram afetados.