Vladimir Carvalho, cineasta e um dos nomes mais importantes do cinema nacional, morreu nesta quinta-feira (24/10), aos 89 anos, em Brasília.
Vladimir Carvalho, cineasta e um dos nomes mais importantes do cinema nacional, morreu nesta quinta-feira (24/10), aos 89 anos, em Brasília. O artista sofria com problemas nos rins e sofreu um infarto. A informação foi confirmada pelo Metrópoles.
Natural da Paraíba, Vladimir Carvalho se destacou pela produção de documentários enraizados na história e realidade brasileira.
6 imagens BRENO ESAKI/METRÓPOLES Pedro Iff/ MetrópolesBreno Esaki/ MetrópolesBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFotoJosé Varella/DivulgaçãoFoto: Glaucya BragaEntre suas obras mais importantes estão O País de São Saruê (1971), uma análise sobre a seca e a vida dos trabalhadores rurais nordestinos, e Conterrâneos Velhos de Guerra (1991), que retrata o impacto da construção de Brasília sobre os candangos – trabalhadores que ergueram a nova capital.
Ele também assina O Evangelho Segundo Teotôni, Barra 68 e o Engenho de Zé Lins. Uma de suas obras mais recentes, o documentário Rock Brasília – Era de Ouro (2011), relembrava o sucesso do gênero na capital do Brasil.
Vladimir Carvalho também foi um dos fundadores do curso de cinema da Universidade de Brasília (UnB). Ele chegou ao centro de ensino em 1969, a convite de Fernando Duarte.
Como acadêmico e docente, Vladimir encarou o desafio de ensinar cinema durante a ditadura militar, viu o curso ser fechado pela repressão e viveu o período da redemocratização.
Em 2012, Vladimir ganhou o título de professor emérito da UnB. No momento do reconhecimento, ele comemorou a conquista.
"O tempo passou num piscar de olhos, como nos filmes de cinema e aqui estamos nós neste continuado esforço de refundação da UnB. Eu me rejubilo e saio daqui todo me achando e comungando com o velho Camões: Estou em paz com minha guerra", falou.
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