O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), exaltou a parceria com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para resolver os problemas de segurança pública na cidade.
O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), exaltou a parceria com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para resolver os problemas de segurança pública na cidade.
A fala aconteceu nesta sexta-feira (24) durante entrevista ao CNN Arena (segunda a sexta-feira às 18h).
“A prefeitura sozinha não vai conseguir avançar na questão da segurança. O estado sozinho, tem muita dificuldade. Quando você une o trabalho da Prefeitura de São Paulo e do governo do estado, essa parceria que eu tenho com o governador Tarcísio, é por isso que a gente está conseguindo avançar, consciente de que ainda tem muita coisa para fazer”, afirmou Nunes.
Segundo o prefeito, os crimes de roubo e furto na região central diminuíram mais de 60%. Para isso, ressaltou o aumento de efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
“Estamos com quase 7.500 guardas civis metropolitanos. E, no meu próximo mandato, vou contratar mais 2.000 guardas civis metropolitanos”, disse.
Além disso, afirmou que houve a valorização dos profissionais. “Eu dei um aumento de 74% no piso dos guardas civis metropolitanos, investi em armamento, todos têm pistola automática e treinamento.”
Também destacou a operação delegada, convênio entre a prefeitura e o governo do estado para que policiais militares de folga reforcem o patrulhamento na cidade.
“Nós tivemos 400 policiais militares, hoje são 2.400. Portanto, objetivamente, aumento de efetivo, 4.000 homens, 2.000 guardas civis e 2.000 PMs, fora o trabalho do governo do estado”, citou.
Nunes foi questionado se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faz bem ou mal para a campanha, que tenta atrair o voto de eleitores de centro contra Guilherme Boulos (PSOL), um candidato de esquerda. Para Nunes, o apoio de Bolsonaro “é muito importante” e destacou a proximidade com Tarcísio.
“Nós temos uma grande frente ampla, eu represento o centro e a direita. O apoio do presidente Bolsonaro é muito importante. Agora, com o Tarcísio, a gente tem aqui o nosso dia a dia de trabalho”, afirmou.
A primeira agenda do ex-presidente com o prefeito aconteceu na última terça-feira (22).
O prefeito afirmou que não realizou nenhum acordo para distribuição de cargos em um eventual novo governo. E que também não falou com seu candidato a vice, Mello Araújo (PL), sobre ele ser seu possível secretário de Segurança Urbana.
“Até tenho visto algumas matérias na imprensa aí, totalmente fora de contexto, não fiz nenhum acordo, até porque eu não ganhei eleição”, afirmou Nunes.
Nunes afirmou que nunca fez qualquer questionamento sobre a lisura do sistema eleitoral, mas disse que respeita quem deseja fazer algum tipo de auditoria nos equipamentos, como já foi solicitado por Bolsonaro.
“Eu fui eleito vereador, fui reeleito vereador, fui eleito junto com o Bruno Covas. Vou disputar, estou disputando agora essa reeleição, fui o primeiro colocado nos votos do primeiro turno, indo para o segundo turno, eu nunca fiz nenhum questionamento”, citou Nunes.
“Mas também respeito aquela pessoa que possa querer, e eu acho que é importante ter sempre um acompanhamento, sempre uma verificação em qualquer sistema”, prosseguiu.
Sobre o convite para uma sabatina com o seu adversário Guilherme Boulos e o candidato derrota Pablo Marçal (PRTB), Nunes afirmou não ver sentido em fazer debate “com quem já saiu do segundo turno”.
“O que eu tinha que conversar com o candidato Pablo Marçal foram nos debates, mais de dez debates que a gente participou, quando era permitido, porque às vezes tinha agressões, era cadeira, era soco”, citou o prefeito.
“Nós tivemos o momento ideal para debater, que foi no primeiro turno. Eu, o Boulos, Marçal, Tabata [Amaral], [José Luiz] Datena, Marina Helena, enfim, todos os candidatos. Foi feito um escrutínio do povo, o povo foi até as urnas e decidiu que nesse escrutínio, segundo o turno, aconteça entre eu e o meu adversário”, continuou.
Sobre os recentes apagões na cidade e a relação com a Enel, Nunes afirmou que a empresa não tem equipe para mandar para realizar podas de árvore e remoções de água para o religamento de energia.
“O que a prefeitura fez? Eu dobrei o número de equipes para fazer poda na cidade de São Paulo. A gente tinha, por exemplo, lá em 2016, quando você ligava no 56, pedindo uma poda, demorava 517 dias. Hoje, 51 dias”, declarou.
Ainda de acordo com o prefeito, ele não tem responsabilidade sobre a concessão da empresa, ficando a cargo do governo federal.
“Quando teve aquele evento em 3 de novembro do ano passado, eu fui para o Tribunal de Contas da União, pedi o cancelamento do contrato para a Agência Nacional de Energia Elétrica [Aneel], para o Ministério de Minas e Energia e entrei com duas ações judiciais. Agora a terceira ação judicial contra a Enel, porque a nossa população que fica sofrendo por conta de uma empresa ineficiente e irresponsável, porque a Prefeitura não tem uma relação contratual com ela.”
A campanha de Guilherme Boulos, do PSOL, negou os reiterados convites feitos pela CNN para participar de entrevista no CNN Arena. A justificativa foi de indisponibilidade de agenda.
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