A ideia projetada a partir de um viés neoliberal, de que empresas privadas conseguem prestar serviços muito melhores do que as estatais, parece ter encontrado seu limite na realidade com a crise das privatizações no Brasil.
A ideia projetada a partir de um viés neoliberal, de que empresas privadas conseguem prestar serviços muito melhores do que as estatais, parece ter encontrado seu limite na realidade com a crise das privatizações no Brasil. O que acontece quando instituições que visam o lucro passam a controlar serviços públicos essenciais? E, afinal, quem paga o preço dessas vendas?
Para aprofundar o tema dos processos de privatizações que vêm se acelerando no país, o Pauta Pública desta semana entrevistou David Deccache. Ele é doutor em economia, diretor do Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento e coautor do livro Teoria Monetária Moderna: a chave para uma economia a serviços das pessoas.
Deccache destaca que, nos anos 90, diversos países implementaram processos de privatização, principalmente na área de saneamento básico e energia elétrica, de forma mal planejada. Como resultado, centenas dessas privatizações já foram revertidas. De acordo com o economista, o Brasil está na contramão do mundo ao continuar apostando nesse modelo.
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