Os presidentes dos parlamentos de países do G20, que se reúnem em Brasília nesta semana na 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), receberam uma carta de recomendações para a construção de um futuro equalitário entre homens e mulheres.
Os presidentes dos parlamentos de países do G20, que se reúnem em Brasília nesta semana na 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), receberam uma carta de recomendações para a construção de um futuro equalitário entre homens e mulheres.
Nomeado como “Carta de Alagoas”, o documento é resultado da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, que reuniu deputadas e senadoras de 26 países em julho na capital de Alagoas, Maceió.
A carta foi entregue pelas líderes das bancadas femininas na Câmara dos Deputados, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), e no Senado Federal, senadora Leila Barros (PDT-DF), durante abertura do fórum, nessa quarta-feira (6).
As decisões têm como principal objetivo, aumentar a participação das mulheres nas decisões políticas, combater à crise climática e a promoção de igualdade econômica e produtiva.
O Brasil, que é presidente do G20 desde 2023, propõe que o Fórum Parlamentar do evento avalie a inclusão dessas recomendações nas agendas futuras do P20 a partir de 2025. Uma delas pede que a reunião de mulheres parlamentares sempre anteceda todas as sessões do P20.
A avaliação da senadora Leila Barros (PDT-DF) é de que a Carta de Alagoas “é mais do que uma carta de intenções, é um compromisso concreto que precisa ser sustentado por ações legislativas, políticas públicas e, principalmente, pela cooperação internacional".
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a participação feminina na política. "Garantir oportunidades equânimes e participação equitativa das mulheres nos espaços de poder é passo civilizatório que precisa ser dado. É prioridade global. É imperativo para o fortalecimento das democracias no enfrentamento dos complexos desafios do mundo contemporâneo", disse Lira na abertura do evento.
Veja os principais tópicos compartilhados na Carta de Alagoas:
O Brasil está, atualmente, na 135° posição no ranking de participação de mulheres nos parlamentos, ocupando 17,5% das vagas na Câmara dos Deputados (90 deputadas) e 17,3% no Senado (14 senadoras), segundo dados da União Interparlamentar (UIP).
Segundo a presidente da UIP, Tulia Ackson, a Carta de Alagoas representa a responsabilidade coletiva de transformar as recomendações em coisas reais, que vão mudar a vida de mulheres mundo afora.
“Hoje temos uma realidade muito complicada. A desigualdade de gênero é muito triste, especialmente em decisões políticas. As mulheres são apenas 27% das parlamentares globalmente e somente 23% delas são presidentes de parlamento", observou a presidente da UIP, organização global que reúne parlamentos de todo o mundo para promover paz, democracia, igualdade de gênero, direitos humanos e sustentabilidade, ressaltou.
O P20, é um grupo liderado pelos presidentes dos parlamentos dos países que integram o G20 — organização de cooperação internacional que contem as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana.
Ao menos 35 delegações e mais de 20 países participam do evento que ocorre entre 6 e 8 de novembro, em Brasília.
O encontro antecede a Cúpula do G20, que está marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
*Com informações de Agência Câmara
**Sob supervisão de Renata Souza
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