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Âncora de TV que chega ao Brasil diz que CNBC terá que nadar "sobre cadáveres"

No dia 17 de novembro, estreou a Times Brasil, canal de TV paga que é licenciado da CNBC.


Foto: Wikipédia

No dia 17 de novembro, estreou a Times Brasil, canal de TV paga que é licenciado da CNBC. A emissora norte-americana, no entanto, está enfrentando um processo de saída do grupo NBC Universal, nos Estados Unidos. Um dos contratados da empresa, o âncora Joe Kernen, disse que eles precisarão “usar os cadáveres de quem já se afogou para nos mantermos na superfície”.

A CBNC vai passar a operar fora do guarda-chuva da NBC Universal. O conglomerado de mídia Comcast decidiu tirar os canais a cabo do grupo e criar uma nova empresa, com nome provisório de SpinCo. O grupo reúne as emissoras MSNBC, CNBC, USA Network, Oxygen, E!, Syfy and Golf Channel, além dos sites Rotten Tomatoes, Fandango, GolfNow e SportsEngine.

Fontes do mercado avaliam que a manobra tem o intuito de vender os canais, que não são vistos mais como ativos importantes do grupo.

De acordo com a Variety, há uma certa ansiedade entre os funcionários sobre as mudanças envolvidas, e um deles chegou a dizer que a SpinCo se tratava de “uma mistura de coisas ruins” e uma consequência da guerra de streamings. O motivo por trás da mudança seria abandonar as redes de TV a cabo em declínio para melhorar o perfil de crescimento e a avaliação da empresa principal, com foco principal no streaming Peacock (que ainda não está disponível no Brasil).

Os cortes de canais para o “spin off” não afetaram produtos que estão sob o guarda-chuva da NBCUniversal: o canal Bravo, as redes NBC e Telemundo, o streaming Peacock, os parques de diversão Universal Studios e os estúdios de TV e cinema.

Estamos nadando sobre cadáveres, diz âncora

A mudança tem dado o que falar nos Estados Unidos e também entre os apresentadores de afetados pela situação. Joe Kernen, que apresenta o programa Squawk Box, afirmou ao vivo que eles estão “sendo arremessados em um mundo frio e cruel”.

“Estávamos em um bote salva-vidas que está afundando. Agora, vamos poder nadar por conta própria, então só depende de nós. Talvez possamos usar os cadáveres de quem já se afogou para nos mantermos na superfície”, afirmou Joe.

Em comunicado da empresa, o CEO Mark Lazarus falou sobre as mudanças. “Como uma companhia que opera sozinha com esses ativos incríveis, estaremos em uma posição melhor para servir nossa audiência e gerar retornos melhores para os acionistas em um ambiente de mídia dinâmico que envolve notícias, esportes e entretenimento”, afirmou.

Contudo, vários funcionários têm receios sobre as perspectivas financeiras da nova empreitada. “Não acredito que a base geral de funcionários, inclusive eu, esteja convencida da solidez disso como uma entidade de capital aberto", disse um funcionário de longa data da empresa à Variety.

Metrópoles

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