O contrato futuro do dólar (WDOFUT) registrou uma alta expressiva de 2,62% na véspera, indo aos 5.963,50 pontos, refletindo a expectativa em relação ao pacote de corte de gastos do governo e ao anúncio do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, para quem ganha até R$ 5 mil – que, por sua vez, limita as receitas.
Esse avanço do dólar na véspera fez o ativo romper uma lateralização que prevaleceu desde junho, impulsionada por um fluxo comprador robusto. Assim, o movimento da moeda americana indica uma possível retomada da tendência de alta, com investidores atentos aos níveis estratégicos de suporte e resistência.
A análise técnica sugere que, caso o ativo supere a região dos 6.000 pontos, novas máximas possam ser alcançadas. Por outro lado, uma reversão dependerá da força vendedora em romper as principais zonas de suporte, ou que traria novas implicações para o curto e médio prazo.
Para entender até onde o preço do dólar futuro pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
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Análise técnica Dólar futuro
No gráfico diário, o ativo vinha oscilando em um movimento lateral desde junho, com a região de suporte bem definida nos 5.437 pontos. No último mês, o preço encontrou forte entrada de fluxo comprador próximo à base da lateralização, que impulsionou o ativo acima das médias móveis. Nas últimas sessões, esse fluxo foi suficiente para romper o topo da lateralização e, na última sessão, renovar a máxima do ano.
O candle da véspera sinaliza força compradora, mas agora o mercado observa uma importante resistência dos 6.000/6.007 pontos. Se rompida, essa faixa poderá abrir caminho para novas altas, com alvos técnicos apresentados em 6.065 e 6.121 pontos. Em um cenário mais otimista, o ativo pode avançar até 6.264/6.424.
Por outro lado, caso o fluxo de vendas retome o controle, será necessário romper as médias móveis na faixa de 5.828/5.792 pontos para confirmar uma reversão de curto prazo. Nesse caso, os suportes imediatos se encontram em 5.733 e 5.677, com potenciais alvos mais longos em 5.584 e 5.465 pontos.
Saiba mais:
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Análise de médio prazo
A análise do gráfico semanal reforça o cenário positivo, evidenciando um movimento de alta sustentado desde o início de 2024, quando o ativo encontrou suporte nos 4.968 pontos. Esse ponto foi crucial para o início da recuperação, impulsionado por fluxos consistentes de compradores que levaram o WDOFUT a ultrapassar as médias móveis e testar níveis mais altos ao longo do ano.
Nas últimas semanas, o ativo negociava de forma lateral, mas a força observada na última sessão testada no rompimento da média de 200 períodos e da máxima registrada em julho, mostram potencial para novas altas. Para sustentar o movimento, o minidólar precisará consolidar acima da resistência de 6.000/6.007 pontos. A superação dessa faixa pode abrir caminhos para objetivos mais elevados, como 6.121 e 6.264 pontos, com alvos de longo prazo na região de 6.500/6.530.
No entanto, uma reversão exige a entrada de fluxo vendedor que leve o ativo a perder o suporte em 5.900/5.809 pontos, região que também coincide com a média de 200 períodos. Abaixo desse patamar, os próximos suportes estão em 5.675/5.584 e, em um cenário mais pessimista, 5.437 pontos.
Suportes e Resistências do Dóla futuro
Suportes:
- 5.900/5.809 : Região importante, coincidente com a média móvel de 200 períodos no gráfico semanal.
- 5.828/5.792 : Faixa chave no curto prazo, abaixo das médias móveis no gráfico diário.
- 5.733/5.677 : Suporte intermediário, marcando zonas de parada em caso de questões mais destacadas.
- 5.584/5.465 : Alvos de baixa em configurações de forte pressão vendedora.
- 5.437 : Suporte mais longo, base do movimento lateral registrado desde junho.
Resistências:
- 6.000/6.007 : Nível técnico relevante, cujo rompimento indica força para continuidade da alta.
- 6.065/6.121 : Próximos alvos técnicos, caso o ativo supere a resistência principal.
- 6.264/6.424 : Região de extensão de alta, representando forte otimismo.
- 6.500/6.530 : Alvo de longo prazo, diminui potencial de valorização mais amplo.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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