As eleições municipais em Nossa Senhora do Socorro de 2024 não podem ser pautadas pelas recentes pesquisas de intenção de voto que foram publicadas nos veículos de comunicação, dando como favas contadas a vitória do deputado Samuel Carvalho. A Fábula infantil da Formiga e a Cigarra traduz com fidelidade o que está acontecendo, no momento, e como poderá ser o futuro do pleito eleitoral em Socorro.
Vamos começar pelos números do pré-candidato Samuel Carvalho. Em 2018, quando se elegeu deputado estadual, o cidadanista obteve um percentual de 11,54% (8.268 votos). Quatro anos após, Samuel se uniu com Fábio Henrique e a dobradinha não surtiu efeito nas urnas. O deputado estadual teve queda na votação e contou com apenas 9,18%(7.644 votos), ou seja, 2,36% (624 votos) a menos, de uma eleição para outra.
As pesquisas encomendadas pelos pré-candidatos, sempre favorecem aos contratantes, os colocando na 1ª. posição nas intenções de voto, e com uma baixíssima rejeição. O que escancara as mentiras apontadas nas pesquisas são os números de indecisos, brancos e nulos. Tem pesquisa que reduz esse número para 10%, quando na verdade, mais da metade dos eleitores ainda não escolheu seu candidato para prefeito em Socorro.
O resultado das pesquisas de final de ano e do início de 2024 indicam a liderança de Samuel Carvalho, seguido por Fábio Henrique e Elmo Paixão, em terceiro lugar. A pré-candidata da situação, Carminha Paiva aparecia na 4ª. Colocação. Ocorre que os 3 primeiros se juntaram para as eleições e nesse meio tempo surgiu um fato novo que começou a incomodar o establishment. O surgimento do nome da Dra. Clécia, pré-candidata a prefeita de Nossa Senhora do Socorro pelo PL.
Os novos números mostram que o Consórcio Político montado pelo ex-deputado Luís Mitidieri, com a participação do deputado Samuel Carvalho, do ex-prefeito Fábio Henrique e do ex-vereador Elmo Paixão, não significa, necessariamente, a transferência de votos dos desistentes em favor de Dr. Samuel. A ascensão meteórica de Dra. Clécia pode revelar o arquétipo de vingador, tanto da gestão do padre Inaldo que fracassou nas políticas de Saúde Pública e Assistência Social, quanto ao Consórcio montado para gerir o município de Socorro.
O nome de Carminha Paiva não é competitivo, porque ela representa o 3º. mandato do prefeito Inaldo Luís da Silva. Ela seria o padre de "saias", numa versão neo-fisiologista, para manter o agrupamento político no poder. O vácuo deixado por Elmo Paixão, a retirada da pré-candidatura do ex-prefeito FH, criou uma nova onda de eleitores que não querem "nem um (Samuel), nem outro"(a) (Carminha). Somado a esse eleitorado, estão os que reprovam a atual gestão e não votam, de jeito algum, em Samuel Carvalho.
Quanto à rejeição, Carminha e Samuel devem brigar para ver quem é o mais detestado em Nossa Senhora do Socorro. Carminha, como representante do padre Inaldo, e Samuel Carvalho pelo envolvimento em escândalos de corrupção e nepotismo. Nesse universo de rejeitados, a Dra. Clécia tem índices mínimos que não atingem a casa dos 2% do eleitorado. Isso lhe favorece demais nessa corrida pela sucessão de Inaldo Silva.
Nessa disputa eleitoral de Socorro, o deputado Samuel Carvalho, apoiado pelo Governo do Estado, está fazendo muito barulho, a exemplo da cigarra, cantando vitória antes do tempo, e esquecendo de plantar no verão. Já a Dra. Clécia, passou os últimos 3 meses juntando grãos, como fez a formiga, se preparando para a chegada do inverno, quando coincide com o período da Campanha Eleitoral.
Reza a fábula que ao final, a cigarra bate à porta da formiga pedindo alimentos, o que pode ser comparado aos votos dos eleitores de Socorro. Como resposta, a formiga vai perguntar à cigarra. E o que você fez durante todo o verão? - Durante o verão eu cantei, disse a cigarra. E a formiga respondeu: Muito bem, pois agora dance!