A chegada das festas de fim de ano traz consigo um aumento no volume de golpes com anúncios e páginas falsas, especialmente a partir das vésperas da Black Friday, quando foram estimadas cerca de 100 mil tentativas de fraude, segundo dados da ClearSale.
A chegada das festas de fim de ano traz consigo um aumento no volume de golpes com anúncios e páginas falsas, especialmente a partir das vésperas da Black Friday, quando foram estimadas cerca de 100 mil tentativas de fraude, segundo dados da ClearSale.
Uma das táticas mais comuns usadas são os sites de vendas fraudulentos, impulsionados por anúncios pagos em redes sociais e buscadores. Esses sites imitam grandes varejistas ou parecem lojas oficiais, mas são projetados exclusivamente para enganar os consumidores. Geralmente, esses portais aceitam apenas Pix ou boleto como formas de pagamento, dificultando qualquer reembolso.
Contudo, as práticas dos criminosos não se limitam apenas a sites falsos. Para reunir os golpes financeiros mais comuns praticados nesta época do ano, o InfoMoney consultou Matheus Manssur, superintendente comercial da ClearSale, além da empresa especializada Kaspersky e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC).
Veja abaixo os golpes mais comuns que podem rondar os consumidores neste fim de ano:
O phishing consiste na tentativa do criminoso de obter senhas e dados pessoais da vítima por meio do envio de e-mails, banners, SMS e mensagens no WhatsApp com links suspeitos. Essas mensagens podem disfarçar sorteios, cobranças urgentes, pedidos de alteração de senha por tentativas de invasão ou solicitações de atualização de dados para manutenção de conta. Especialmente em datas importantes para o comércio, como o Natal, também podem incluir promoções e ofertas.
Como se proteger: preste atenção a erros ortográficos, imagens e logotipos suspeitos. Analise sempre o endereço de e-mail indicado, a urgência excessiva na mensagem e URLs que parecem legítimas, mas têm pequenas diferenças, como a troca de letras. Copie o texto e pesquise em um mecanismo de busca confiável. Na dúvida, não clique em links ou arquivos suspeitos.
Ao clicar em um link enviado por phishing, programas maliciosos podem se infiltrar em dispositivos, como celulares ou notebooks, roubando informações financeiras, como senhas e números de cartões de crédito, e monitorando atividades online de forma discreta.
Como se proteger: além das práticas indicadas para evitar phishing, é importante ter um antivírus instalado em seus dispositivos.
Um site falso do Airbnb oferece aluguéis de apartamentos atraentes, insistindo que o visitante faça uma transferência para um agente para confirmar sua reserva, resultando em prejuízo financeiro. Além do Airbnb, os criminosos simulam outros sites ligados a plataformas de viagem.
Como se proteger: verifique a URL do site para conferir se ela é legítima, cheque o CNPJ da empresa, pesquise a reputação da loja em plataformas confiáveis e desconfie de ofertas com preços muito abaixo do mercado. Observe também se o site oferece diferentes formas de pagamento.
No chamado "golpe dos Correios", criminosos entram em contato com o consumidor por meio de mensagem SMS, e-mail ou WhatsApp, alegando que há taxas adicionais a serem pagas para liberar um suposto produto comprado online.
Em alguns casos, o consumidor realmente fez uma compra segura e, por coincidência, recebe uma tentativa de golpe dos Correios enquanto espera seu pedido. Contudo, há situações em que a vítima adquiriu o produto em um site fraudulento – que nunca entregará o item – e os criminosos tentam extorquir ainda mais dinheiro dela com o golpe dos Correios.
Como se proteger: desconfie de mensagens urgentes e sempre confira o e-mail e o nome do remetente antes de clicar em qualquer link ou fornecer informações pessoais. No caso dos Correios, o e-mail legítimo é o “@correios.com.br”. Não clique nos links contidos no corpo do e-mail ou da mensagem SMS em nenhuma hipótese. Se estiver realmente esperando uma encomenda, entre no site oficial dos Correios e confira o rastreamento do produto.
Um criminoso se passa por funcionário de uma empresa e oferece serviços, pedindo a confirmação de um código ou número de protocolo, que na verdade será usado para acessar sua conta.
Como se proteger: ative a "verificação em duas etapas" no WhatsApp e nunca compartilhe códigos recebidos por SMS.
Os criminosos ligam se passando por uma instituição financeira, mencionando transações suspeitas em sua conta para solicitar a confirmação de informações sensíveis.
Como se proteger: nunca compartilhe dados pessoais em ligações e sempre desconfie de chamadas com pedidos urgentes. Lembre-se: as instituições financeiras não solicitam dados confidenciais por telefone nem pedem que você realize transações financeiras em sua conta.
O criminoso faz contato por telefone, e-mail ou mensagem, se passando por representante de um banco conhecido e respeitável. Com um discurso persuasivo, tenta convencê-lo a passar informações pessoais e confidenciais, como senhas, dados bancários e informações de cartão.
Os golpistas utilizam imagens de pessoas conhecidas com números de celulares diferentes, se passando por pessoas próximas, simulando uma situação financeira urgente, doença ou acidente para pedir dinheiro.
Como se proteger: Desconfie de números desconhecidos e confirme a situação diretamente com a pessoa conhecida via ligação ou chamada de vídeo.
Segundo os especialistas consultados, antes de efetuar uma compra neste fim de ano, seja online ou em uma loja física, é necessário:
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