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Se não taxar super-ricos, isenção no IR de quem ganha até R$ 5 mil pode piorar desigualdade, diz pesquisa

Uma pesquisa da Quaest revelou que 75% dos entrevistados apoiam a isenção no IR para salários de até R$ 5 mil mensais.

Por Em Sergipe

22/12/2024 às 15:49:27 - Atualizado há

Uma pesquisa da Quaest revelou que 75% dos entrevistados apoiam a isenção no IR para salários de até R$ 5 mil mensais. O levantamento indica ampla aceitação da proposta entre diferentes grupos políticos.

A medida, apresentada pelo Ministério da Fazenda em novembro, ainda precisa do aval do Congresso Nacional. Caso aprovada, a isenção no IR entrará em vigor a partir de 2026, beneficiando milhões de brasileiros.

A iniciativa tem apoio significativo entre eleitores do presidente Lula e do ex-presidente Bolsonaro, destacando seu apelo entre diferentes segmentos da sociedade. Um estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made-USP) aponta que a isenção no IR, se implementada isoladamente, tende a beneficiar grupos já privilegiados. 

Entre eles estão homens, pessoas brancas e residentes das regiões Sul e Sudeste. Segundo a pesquisa, a medida poderia acentuar desigualdades socioeconômicas em vez de reduzi-las. Esse cenário contraria o compromisso assumido por Lula, em sua posse, de priorizar a redução das desigualdades no atual mandato.

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O governo propôs ampliar a isenção no IR, atualmente válida para rendimentos de até dois salários mínimos (R$ 2.824 em 2024). A medida inclui ajustes nas alíquotas, reduzindo o imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7,5 mil mensais.

Rendimentos entre R$ 7,5 mil e R$ 50 mil não sofreriam alterações na tributação. Já os super-ricos, com ganhos acima de R$ 50 mil mensais, seriam impactados com uma alíquota mínima de 10%. O pacote busca maior progressividade no sistema tributário, ao cobrar mais de quem tem renda elevada, enquanto amplia os benefícios para as faixas de menor poder aquisitivo.

Pesquisadores do Made-USP analisaram os efeitos da isenção no IR e outras medidas tributárias sobre desigualdades de gênero, raça e região no Brasil. Para isso, utilizaram dados de 2023 da Pnad Contínua, elaborada pelo IBGE.

 

Laura AlvarengaLaura AlvarengaLaura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.

Fonte: Portal FDR
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