Samuel Carvalho e Elmo Paixão podem ser cassados e ficar inelegíveis por 8 anos

O prefeito eleito de Nossa Senhora do Socorro, Samuel Carvalho e seu vice, Elmo Paixão, podem ser cassados e ficar inelegíveis por 08 anos. Os dois são réus na Ação de Investigação Judicial Eleitoral, pela prática de abuso de poder político e econômico, como consta no processo 0600893-92.2024.6.25.0034, que tramita na 34ª. Zona Eleitoral. O juiz José Antônio Novais Magalhães vai marcar a audiência de instrução para ouvir os réus Samuel e Elmo e as 7 testemunhas.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) segue seu curso regular após a decisão interlocutória do juiz Antônio Novais, que abriu o prazo de 3 dias para o Ministério Público se manifestar e em seguida fazer os autos conclusos, com o objetivo de marcar a audiência para interrogar Samuel e Elmo.

O magistrado, em sua decisão, rejeitou 4 das 5 questões preliminares suscitadas pela defesa de Samuel Carvalho, acolhendo, de forma parcial, apenas a preliminar que trata sobre o derramamento de santinhos.

Novais determinou que sejam extraídas cópias do processo e encaminhadas à Promotoria de Justiça, com atribuição na Curadoria do patrimônio público, para apurar as condutas ímprobas (desonestas) de Samuel Carvalho e Elmo Paixão.

CONFISSÃO DO CRIME

Na tentativa de se livrar da Ação de Investigação Judicial Eleitoral, a defesa de Samuel e Elmo reconhece que os fatos narrados pelo Ministério Público na peça inaugural trata-se de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA e pede que o prefeito e o vice de Nossa Senhora do Socorro, sejam julgados pela Justiça Comum (Estadual) e não pela justiça eleitoral.

No entanto, Samuel e Elmo, de acordo com a decisão do juiz da 34ª. Zona Eleitoral, vão ser processados e julgados pela Justiça Especializada (Eleitoral) e simultaneamente vão responder pela prática de improbidade administrativa, pelo cometimento de crimes contra o patrimônio público.

CRISTÃO NEWS

A empresa Cristão News, contratada por Samuel Carvalho, para realizar o espetáculo "Família no Altar", está sendo investigada na AIJE. O juiz Novais oficiou a empresa exigindo a cópia de todos os contratos relacionados ao Evento "Família no Altar", incluindo serviços de montagem de palco, sonorização, aluguel de espaço, publicidade e demais serviços essenciais.

A Presidência da ALESE foi intimida pelo magistrado a encaminhar por ofício os valores referentes às emendas parlamentares individuais impositivas emanadas pelo deputado Samuel Carvalho, no período de janeiro de 2023 a agosto de 2024, destinadas à FUNCAP e outros órgãos à cultura e/ou entidades religiosas. O juiz Novais acrescentou que a Alese deve esclarecer se houve devolução de alguns valores das emendas e detalhar os projetos vinculados à verba destinada por Samuel Carvalho.

Para acessar a decisão completa, click aqui no link oficial e acompanhe.