Jocelyne Wildenstein, socialite conhecida por cirurgias plásticas, morre aos 84

Jocelyne Wildenstein, socialite suíça que ficou mundialmente conhecida como "Mulher-Gato" devido às suas inúmeras cirurgias plásticas, faleceu aos 84 anos em uma suíte de hotel em Paris na tarde de 31 de dezembro de 2024. A informação foi confirmada por seu noivo, o designer de moda Lloyd Klein, em comunicado à agência de notícias AFP.

Figura controversa no círculo social de Nova York, Wildenstein ganhou fama não apenas por suas transformações estéticas marcantes, inspiradas em grandes felinos, mas também por sua vida pessoal conturbada, que incluiu um dos divórcios mais caros da história, avaliado em US$ 2,5 bilhões.

Nos últimos anos, Wildenstein buscou remodelar sua imagem pública, participando de entrevistas e refletindo sobre sua trajetória. Apesar das controvérsias, manteve-se firme em sua individualidade, desafiando normas e reafirmando sua postura de independência.

Jocelyne Wildenstein deixa dois filhos e seu noivo, Lloyd Klein. Ela será lembrada como uma figura única, que viveu a vida de forma extravagante e irreverente.

Ascensão à fama

Nascida em 1940, na cidade suíça de Lausanne, Jocelyne Périsset se tornou uma das personalidades mais icônicas da alta sociedade nova-iorquina após se casar com Alec Wildenstein, herdeiro de uma renomada família francesa de negociantes de arte. O casal se conheceu durante um safári no Quênia e se casou um ano depois, em Las Vegas.

Apaixonada por animais exóticos, especialmente grandes felinos, Wildenstein chegou a criar um lince como animal de estimação, descrevendo seus olhos como "perfeitos". Seu interesse por transformações estéticas teria começado durante o casamento, supostamente para agradar Alec, que também admirava grandes felinos. Estima-se que ela gastou milhões de dólares em procedimentos cirúrgicos.

Divórcio histórico

O divórcio de Wildenstein, finalizado em 1999, chamou atenção mundial não apenas pelo valor recorde, mas também pelas alegações de traição, gastos exorbitantes e disputas sobre o patrimônio do casal. Durante o processo, seu ex-marido alegou que ela tinha obsessão por cirurgias, enquanto Wildenstein negava ter alterado seu rosto para manter o casamento.

Após o acordo judicial, o juiz determinou que Jocelyne não poderia usar os fundos do divórcio para realizar novas cirurgias plásticas, uma decisão amplamente repercutida à época. Apesar das críticas, ela afirmava que a atenção da mídia contribuiu para sua visibilidade durante o processo de separação.

Símbolo de luxo

Mesmo décadas após sua transformação estética, Wildenstein continuou a atrair a atenção do público. Para muitos, ela simbolizava o luxo extremo e o desejo de desafiar convenções. Estima-se que seus gastos pessoais, incluindo flores, vinhos e outros luxos, superavam US$ 700 mil por ano.

Além de sua vida na alta sociedade, Wildenstein também era apaixonada por conservação animal. No rancho da família no Quênia, chamado Ol Jogi, ela ajudava a proteger mais de 2.000 animais. Questionada sobre seus favoritos, ela dizia que admirava os leopardos, conhecidos por sua lealdade a apenas uma pessoa.

(Com The Guardian)