Qatar Airways lucra com jatos executivos em meio a "demanda forte" de famílias ricas

A Qatar Airways informou que a receita de sua subsidiária de jatos privados subiu 26% no ano passado, refletindo a demanda contínua e crescente por seu produto mais exclusivo, à medida que famílias abastadas e grupos empresariais optam pela flexibilidade das aeronaves menores.

"A demanda está forte", disse Thierry Antinori, diretor comercial da companhia aérea, em entrevista em Dubai. "Estamos conquistando uma fatia maior do mercado e, portanto, conseguimos vender ainda mais voos do que temos em oferta."

Os jatos privados se tornaram um item de luxo em alta durante a pandemia, quando viajantes ricos buscavam isolamento e segurança, embora essa demanda tenha diminuído nos últimos anos com a retomada dos serviços comerciais regulares.

A frota da Qatar Airways inclui 20 jatos corporativos, principalmente da Gulfstream, que operam globalmente. Um voo em uma dessas aeronaves pode custar de três a quatro vezes mais do que uma passagem premium em um voo comercial da empresa, segundo Antinori.

À medida que a companhia busca expandir sua atuação no setor, está considerando obter um certificado de operador aéreo na Europa para facilitar os serviços no continente, disse Antinori. As rotas mais populares de seus jatos privados incluem destinos de lazer como Maldivas e Seychelles, além de importantes centros de negócios como Londres e Nova York.

As viagens em grupo têm sido uma tendência crescente desde a pandemia, com a maioria das reservas feitas por famílias ou equipes corporativas, de acordo com a empresa.

Outras companhias aéreas da região também operam jatos privados, incluindo a Saudia, companhia aérea nacional da Arábia Saudita, e a Flynas, de baixo custo sediada em Riad. A Emirates, de Dubai, opera um jato executivo Airbus SE, enquanto a Middle East Airlines, do Líbano, oferece dois jatos Embraer Legacy 500 para fretamentos privados.

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