O Bank of America (BofA) revisou sua análise sobre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp (SBSP3), reiterando a recomendação de compra para as ações da empresa.
O Bank of America (BofA) revisou sua análise sobre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp (SBSP3), reiterando a recomendação de compra para as ações da empresa. O preço-alvo mudou de R$ 115 para R$ 116, potencial de alta de 33,5% frente o preço de fechamento das ações no fechamento de sexta-feira, de R$ 86,91. Segundo o banco, a Sabesp permanece como uma das principais escolhas no setor de utilities no Brasil, com perspectivas positivas sustentadas por mudanças regulatórias e iniciativas estratégicas.
Entre os motivos para a decisão, o BofA destacou a recente aprovação de alterações nas regras tarifárias pelos municípios sob concessão da Sabesp, no dia 23 de dezembro. A mudança, diz a empresa, visa corrigir atrasos no reconhecimento do capex (investimentos em capital) na Base de Ativos Regulatória (RAB, na sigla em inglês). Essa medida tem o potencial de adicionar entre R$ 4 bilhões e R$6 bilhões em Valor Presente Líquido (VPL) à companhia, representando um aumento de 5% a 8% em relação ao cenário base anterior.
Conforme as regras vigentes, a Sabesp enfrenta atrasos de cerca de 18 meses no reconhecimento do Capex na RAB, o que impacta os retornos regulatórios. A nova regulação pode reduzir esse intervalo para seis meses. Caso os atrasos sejam completamente eliminados, o impacto positivo pode alcançar R$ 6 bilhões. A implementação final da mudança regulatória depende da aprovação da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), prevista para o próximo reajuste tarifário, em janeiro de 2026.
Outro ponto analisado pelo BofA foi o impacto de decisões judiciais preliminares que concederam descontos em contas de grandes clientes da Sabesp. Embora esses descontos representem cerca de R$ 800 milhões do atual gap de receita em relação aos níveis regulatórios, o banco acredita que a companhia deve continuar avançando em iniciativas para reduzir esse descompasso, que atualmente está em torno de 7%. Com a nova regulação, aproximadamente R$ 300 milhões do gap podem ser incorporados nos processos tarifários, e a Sabesp ainda tem chances de reverter as decisões judiciais adversas.
Apesar disso, o BofA vê a Sabesp como uma oportunidade atraente de investimento. O banco aponta o crescimento projetado do Ebitda da empresa, que representa o Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, com uma taxa composta anual de crescimento (Cagr) de 22% nos próximos quatro anos, e sua avaliação atrativa, com um múltiplo EV/RAB — medida de valor de uma empresa no setor de utilities — inferior a 1x para 2025.
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