Um turista argentino, identificado como Roni Baldini, viralizou nas redes sociais com sua invenção: um dispositivo portátil capaz de interromper a reprodução de música em caixas de som bluetooth.
Um turista argentino, identificado como Roni Baldini, viralizou nas redes sociais com sua invenção: um dispositivo portátil capaz de interromper a reprodução de música em caixas de som bluetooth. Ao interromper a música de banhistas em uma praia brasileira com o Pocket Gone, ele gerou grande polêmica nas mídias.
No vídeo é possível ver um grupo de mulheres escutando música alta em uma caixa de som na praia, Roni segura o Pocket Gone, aperta um botão e imediatamente a música para de tocar. Veja abaixo:
Alguns usuários nas redes sociais gostaram da invenção do argentino, dizendo que o uso da caixinha e som em ambiente público é uma falta de respeito e veem o Pocket Gone como uma solução para o problema da poluição sonora, expressando o desejo de comprá-lo e usá-lo em suas próprias vizinhanças.
Outras pessoas argumentam que a música faz parte do ambiente praiano e que falta de respeito seria usar o aparelho para parar com a música, sem ao menos conversar com quem está tocando.
A CNN conversou com Roni Baldini, que explicou o funcionamento do aparelho, segundo ele, o Pocket Gone age como um bloqueador de sinal Bluetooth, interferindo na comunicação entre o celular ou outro dispositivo transmissor e a caixa de som. Ele não detalhou em qual praia brasileira o equipamento foi usado.
Ao acionar o aparelho, ele emite um sinal que sobrepõe o sinal original, silenciando o alto-falante.
No entanto, o Pocket Gone tem algumas limitações, ele só funciona com caixas de som bluetooth. Ou seja, caixas conectadas por cabo não são afetadas.
Se o celular que envia a música estiver muito perto da caixa de som, o Pocket Gone pode não funcionar, pois o sinal bluetooth entre eles será muito forte. O alcance máximo também é limitado, variando de 3 a 10 metros com a antena padrão.
Roni Baldini também avisou que o Pocket Gone opera na frequência de 2.4GHz, a mesma usada por diversos outros dispositivos. Isso significa que ele pode interferir no funcionamento de roteadores Wi-Fi, controles remotos e outros aparelhos.
O Pocket Gone é um pequeno dispositivo portátil, medindo 6x9x3,5cm:
Uma das características principais é a antena direcional, que concentra o sinal de interferência em uma direção específica, como um “foco” de sinal. Essa antena pode ser trocada por outra com maior alcance, permitindo atingir caixas de som mais distantes.
A alimentação do Pocket Gone é feita por um cabo USB padrão, o que significa que ele pode ser carregado com carregadores de celular comuns, power banks ou até mesmo conectado a computadores.
O dispositivo também possui uma luz de advertência, que indica quando está em funcionamento, e um código de ativação, possivelmente para evitar cópias ou uso indevido.
Uma adição importante é o mecanismo para evitar interferências em outros dispositivos que usam a mesma frequência de 2.4GHz, como Wi-Fi, câmeras sem fio e drones.
O uso desse tipo de bloqueador de sinal é ilegal no Brasil, conforme a legislação de telecomunicações (Lei nº 9.472/1997).
A legislação considera a utilização de bloqueadores de sinal como atividade clandestina, sujeita a penas de 2 a 4 anos de detenção, além de multas e apreensão do equipamento.
A Anatel, órgão responsável por regulamentar as telecomunicações no país, não autoriza o uso de bloqueadores por pessoas físicas, ou pessoas jurídicas de direito privado, restringindo sua utilização a órgãos de segurança pública e forças armadas em operações específicas e com autorização prévia.
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