Economia BCE

Europa deve estar preparada para tarifas de Trump, diz presidente do BCE

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse nesta quarta-feira (22) que a Europa deve estar "preparada" para possíveis tarifas comerciais que podem ser impostas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Por Em Sergipe

22/01/2025 às 11:35:14 - Atualizado há

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse nesta quarta-feira (22) que a Europa deve estar "preparada" para possíveis tarifas comerciais que podem ser impostas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em entrevista à CNBC durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Lagarde enfatizou a importância de antecipar as ações comerciais do novo governo americano, especialmente após Trump ter declarado que a União Europeia (UE) foi "muito, muito ruim" para os EUA.

Lagarde destacou que a decisão de Trump de não implementar tarifas gerais no primeiro dia de sua presidência foi uma "abordagem muito inteligente". Ela acredita que, ao invés de tarifas abrangentes, as medidas de Trump serão "mais seletivas e focadas", o que exigirá uma resposta estratégica da Europa.

O comissário da Economia da UE, Valdis Dombrovskis, também se manifestou, afirmando que a União Europeia responderá de forma "proporcional" se seus interesses econômicos forem ameaçados.

Economistas têm debatido amplamente os impactos potenciais das tarifas americanas. A imposição de tarifas pode não apenas prejudicar as economias dos países afetados, mas também resultar em um aumento da inflação nos EUA.

Trump defende que essas tarifas são necessárias para proteger os negócios americanos e fortalecer a economia do país. No entanto, Lagarde questionou a eficácia dessa estratégia, apontando que a economia americana já opera em alta capacidade e que a substituição de importações por produção interna pode levar tempo.

Lagarde também ressaltou a necessidade de remover barreiras comerciais internas na Europa, uma vez que ainda existem obstáculos que dificultam o livre comércio entre os países do bloco. Ela expressou esperança de que, nas próximas semanas, a Europa possa avançar na criação de um mercado único mais eficaz, como uma resposta às mudanças nas políticas comerciais dos EUA.

"Devemos ser fortes em casa e garantir que transacionemos, vendamos e compremos localmente", afirmou.

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