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Certidão de óbito de Rubens Paiva é corrigida: "Causada pelo Estado"

No dia em que Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres foram indicadas ao Oscar 2025, a certidão de óbito do engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, que tem sua história representada no longa de Walter Salles, foi corrigida para morte “violenta, causada pelo Estado brasileiro”.


No dia em que Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres foram indicadas ao Oscar 2025, a certidão de óbito do engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, que tem sua história representada no longa de Walter Salles, foi corrigida para morte “violenta, causada pelo Estado brasileiro”.

O filme Ainda Estou Aqui conta a história da esposa de Rubens Paiva, Eunice Paiva, e de sua família, que foi afetada pela ditadura militar brasileira. A obra é baseada na autobiografia homônima do jornalista Marcelo Rubens Paiva, filho do casal.

A certidão de óbito, divulgada pelo portal g1 e emitida pelo Cartório da Sé, em São Paulo, nessa quinta-feira (23/1), diz que Rubens Beyrodt Paiva teve morte “não natural; violenta; causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964”.

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Rubens Beyrodt Paiva - Data da morte ou desaparecimento: 20/01/1971

Reprodução/CNV2 de 3

Eunice e Rubens Paiva

Reprodução3 de 3

O ex-deputado Rubens Paiva

Divulgação/ Memórias da Ditadura
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Além disso, o documento traz a informação de que o marido de Eunice Paiva está “desaparecido desde meados de 1971”.

A mudança atende uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de dezembro do ano passado, que determina que os cartórios têm que corrigir as certidões de óbito de 202 mortos durante a ditadura militar.

A versão anterior do documento, emitida em 1996 após uma luta de mais de 25 anos de Eunice Paiva, dizia que Rubens Paiva era considerado desaparecido desde 1971, sem causa da morte especificada.

A história da família Paiva ganhou notoriedade após o lançamento do filme Ainda Estou Aqui, protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello e dirigido por Walter Salles. O filme levou um Globo de Ouro e recebeu três indicações ao Oscar 2025.

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