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Tesouro Direto: taxas de títulos de curto prazo voltam a subir antes do Copom

Após três sessões de respiro nas taxas oferecidas pelos títulos públicos de curto prazo disponíveis no Tesouro Direto, o movimento volta a ser de alta nas remunerações, com o mercado à espera, nesta quarta-feira (29), da primeira decisão de juros do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) com Gabriel Galípolo na presidência.

Por Em Sergipe

29/01/2025 às 12:17:03 - Atualizado há

Após três sessões de respiro nas taxas oferecidas pelos títulos públicos de curto prazo disponíveis no Tesouro Direto, o movimento volta a ser de alta nas remunerações, com o mercado à espera, nesta quarta-feira (29), da primeira decisão de juros do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) com Gabriel Galípolo na presidência.

A taxa do Tesouro Prefixado 2031, que vinha de queda de 15,23% para 15,07%, voltou aos 15,10%. Já o papel para 2027 teve leve ajuste nos juros, de 15,24% para 15,28%. Enquanto isso, o juro real do Tesouro IPCA+ 2029 retomou alta e foi a 7,85% – no dia 23, chegou a bater 7,91%, mas ontem fechou a 7,84%.

Para especialistas, as remunerações podem ser atrativas para quem planeja levar os papéis até o vencimento. "Se você me disser que a NTN-B 2035 está pagando 7,85%, tenho certeza de dizer para vocês que, para quem comprar uma NTN-B dessa e carregar até o final, o juro não será de 8% real pelos próximos 10 anos, porque o Brasil quebra antes", disse o gestor Luís Stuhlberger, da Verde Asset, durante participação em evento promovido pelo UBS BB na última terça-feira (28), em São Paulo.

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As taxas refletem a expectativa de que a Selic suba ao menos até o patamar de 15% ao ano em 2025, diante dos desafios fiscais no Brasil e da pressão externa, com a força do dólar, que pressiona os preços domésticos.

Agentes econômicos esperam amplamente que o BC decida por uma alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, para 13,25%, mas ainda tem dúvidas sobre o novo direcionamento que os diretores devem dar para reuniões mais à frente – na última reunião de 2024, o Copom sinalizou que as duas decisões seguintes seriam de subir os juros em 1 p.p..

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"Nossa equipe macroeconômica espera que a taxa Selic atinja 15,50% no pico do ciclo de aperto, em junho, permanecendo nesse nível até o primeiro semestre de 2026. Em nossa opinião, um ajuste monetário mais intenso e antecipado parece ser necessário para controlar as expectativas de inflação desancoradas", diz a XP em relatório.

Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto na atualização de 11h56 desta quarta-feira (29):

(Fonte: Tesouro Direto)

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