O dólar operava em alta ante real nesta segunda-feira (3), após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciar que os Estados Unidos adiarão a imposição da tarifa de 25% sobre produtos do México por um mês, após uma “boa conversa” com Trump.
O dólar operava em alta ante real nesta segunda-feira (3), após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciar que os Estados Unidos adiarão a imposição da tarifa de 25% sobre produtos do México por um mês, após uma “boa conversa” com Trump. O anúncio ocorre depois que os dois líderes chegaram a um acordo, que inclui o envio imediato de 10.000 soldados da Guarda Nacional mexicana para reforçar a fronteira.
Essas tropas terão a missão de prevenir o tráfico de drogas para os EUA, com foco especial no fentanil, uma das principais preocupações citadas por Trump.
Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial
No último sábado, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem implementando uma tarifa de 25% sobre importações do México e Canadá, e uma tarifa de 10% sobre produtos da China. Há temor de que o Brasil seja atingido também por novas tarifas à frente.
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 12h41, o dólar à vista operava em alta de 0,11%, aos R$ 5,843 na compra e R$ 5,844 na venda. Na máxima do dia até então, chegou a R$ 5,886. Na B3 o dólar para março — que se tornou o mais líquido na sessão desta sexta-feira — caía 0,06%, aos 5,873 pontos.
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Ásia, Europa e futuros dos EUA desabam em reação a “tarifaço” de Trump
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, a 5,8355 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado. Apesar do movimento contido em algumas sessões, desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 5 de março de 2025.
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Os investidores apostam no dólar americano e evitam posicionamento em ações depois que o presidente Donald Trump executou sua ameaça de impor impostos gerais de 25% sobre o Canadá e o México e 10% sobre produtos chineses a partir de terça-feira, gerando compromissos de retaliação de outros governos.
As tarifas dos EUA, que entram em vigor na terça-feira, afetarão US$ 1,3 trilhão em produtos, ou mais de 40% de todas as importações dos EUA.
Trump disse que planeja conversas nesta segunda com o Canadá e o México antes das tarifas entrarem em vigor. As taxas devem entrar em vigor em 4 de fevereiro, a menos que haja um acordo de última hora.
O presidente dos EUA ainda sinalizou que tarifas sobre a União Europeia podem ser anunciadas em breve. As taxas sobre México, Canadá e China entrarão em vigor na terça-feira.
O Goldman Sachs estima que uma tarifa de 25% pode elevar o índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA em 0,7% e reduzir o PIB em 0,4%. A tarifa de 10% sobre produtos energéticos canadenses reduz um pouco esse impacto. O banco projeta também uma tarifa de 20% sobre a China, elevando o PCE em 0,3%.
Analistas têm apontado desde a campanha presidencial que os planos tarifários de Trump possuem uma série de efeitos negativos para países emergentes. Primeiramente, eles favorecem o dólar ao manter os rendimentos dos Treasuries elevados, uma vez que possuem potencial inflacionário.
Além disso, as tarifas, e uma consequente guerra comercial, também podem impactar o desempenho econômico de mercados importantes para países emergentes, como China e UE, o que influencia negativamente os ativos de economias como o Brasil.
“Essas tarifas são o principal fator de suporte aos preços. A expectativa inicial do mercado é de uma pressão inflacionária no curto prazo, o que também contribui para a alta das cotações”, disse Bruno Cordeiro, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
Na seara nacional, o mercado vê inflação ligeiramente mais alta em 2025 e 2026, segundo Boletim Focus. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA agora é de alta de 5,51% ao fim deste ano, de 5,50% na pesquisa anterior, no que foi a 16ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,28%, de 4,22% anteriormente.
O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
(Com Reuters)
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