Trump diz que os EUA irão "assumir o controle" e desenvolver a Faixa de Gaza

O presidente Donald Trump afirmou que os EUA irão "assumir o controle" da Faixa de Gaza e que os palestinos deveriam deixar a região permanentemente.

Durante um encontro com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Casa Branca nesta terça-feira (4), Trump afirmou que "todos" os 2,2 milhões de palestinos em Gaza deveriam "ser reassentados".

"Os EUA irão assumir o controle da Faixa de Gaza, e nós faremos um trabalho com isso também. Seremos responsáveis por desarmar todas as bombas não detonadas e outras armas no local", afirmou ele.

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Questionado se enviaria tropas americanas para Gaza, Trump respondeu: "Faremos o que for necessário, vamos assumir o controle daquela área, desenvolvê-la e criar milhares e milhares de empregos. É algo de que o Oriente Médio vai se orgulhar muito."
Egito e Jordânia já rejeitaram os planos de Trump para reassentar os palestinos fora de Gaza, após o presidente dos EUA ter afirmado no mês passado que era hora de "limpar" o enclave.
Mas Trump reafirmou sua posição nesta terça, descrevendo Gaza como um "canteiro de demolição" e dizendo que esperava que Cairo e Amã, ambos beneficiários de grandes quantias dos EUA, aceitassem os palestinos. O rei Abdullah da Jordânia se encontrará com Trump na semana que vem em Washington para apresentar seus argumentos contra a proposta.

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Grande parte da Faixa de Gaza foi reduzida a escombros desde o início da ofensiva de Israel após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, com as forças israelenses bombardeando Gaza pelo ar, terra e mar.
Países árabes e europeus esperam que o cessar-fogo e acordo de reféns entre Israel e o grupo palestino conduzam a um fim permanente da guerra, o que permitiria o início da reconstrução da Faixa de Gaza.
Mas Trump disse: "Se pudermos encontrar o lugar certo, ou vários lugares, e construir para eles alguns locais realmente bons, com muito dinheiro na região (…) Acho que isso seria muito melhor do que voltar para Gaza, que tem décadas e décadas de mortes.”