O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (5) em entrevista à GloboNews, que o impacto da Selic sobre a inflação virá mais rápido do que se pensa.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (5) em entrevista à GloboNews, que o impacto da Selic sobre a inflação virá mais rápido do que se pensa.
“O choque de juros foi muito forte, então a resposta virá mais rápido. Eu penso que teremos uma acomodação mais rápida também, em função disso”, indicou Haddad.
A Selic se encontra atualmente em 13,25% ao ano após mais um aumento de 1 ponto na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em janeiro deste ano. O ciclo de endurecimento da política do Banco Central havia voltado em setembro e a autarquia já contrata mais uma alta em sua próxima decisão em março.
Em comunicado, o BC indicou a necessidade de uma política monetária mais contracionista em meio a um cenário recente marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho.
Na avaliação de Haddad, a política monetária é restritiva em uma dose “que não mata o paciente”, mas que visa por convergir a inflação ao centro da meta.
Segundo o ministro, a inflação deve chegar em junho ainda acima do teto da meta. O Banco Central já havia informado nesta terça-feira (4) em ata que a inflação deve fechar acima da meta de 3%, com intervalo de tolerância de até 4,5%, na metade do ano.
“Se em junho [a inflação] estiver acima de 4,5%, como provavelmente estará, ele [o BC] enviará uma carta propondo ao Conselho Monetário Nacional uma trajetória de convergência. E aí vamos avaliar”, afirmou Haddad.
Mesmo com a carta, Haddad disse que até junho o horizonte relevante do Banco Central já estará diferenciado do atual, com a atual.
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