O filósofo Mario Sergio Cortella, em participação no programa CNN Sinais Vitais, abordou um tema crucial na era digital: a banalização da amizade. Ao lado do médico Roberto Kalil e do historiador Leandro Karnal, Cortella discutiu o impacto das relações sociais na felicidade e na saúde das pessoas.
“O que nós temos hoje é uma banalização da palavra amigo, por conta das redes sociais”, destacou Cortella, que observou que muitas pessoas são rotuladas como “amigos” nas plataformas digitais, mesmo sendo apenas conhecidos ou colegas.
O filósofo enfatizou que a verdadeira amizade é algo mais profundo, citando Aristóteles: “Amizade são dois corpos com uma única alma”.
A raridade da amizade genuína
Para Cortella, um amigo verdadeiro é “aquela pessoa que você sabe que vai te cuidar em qualquer circunstância”, algo que ele reconhece como raro, mas que existe.
O filósofo aconselha não ter muitos amigos, pois não é possível cuidar de todos adequadamente, especialmente após os 60 anos, quando há uma tendência natural de redução do círculo social.
Leandro Karnal complementou a discussão citando seu ex-terapeuta e amigo Contado Caligares: “Eu não quero uma vida feliz, eu quero uma vida interessante”. Karnal ressaltou que a ideia de uma vida constantemente feliz é uma patologia, diferenciando alegria de felicidade.
Cultivando amizades na era digital
Karnal propôs três categorias de relações: o transeunte, o colega e o amigo, sendo que os verdadeiros amigos são poucos. Ele compartilhou a experiência pessoal dele em fazer uma “curadoria da amizade”, reconhecendo a importância de manter contato presencial com amigos próximos, em vez de apenas interações digitais.
Ambos os pensadores concordam que, embora as redes sociais ampliem nossa rede de contatos, é fundamental distinguir entre conexões superficiais e amizades verdadeiras, que requerem cuidado, tempo e presença física.
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